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domingo, maio 12, 2013

GRITO DA ALMA



Qual Shiva tenebroso lavrando a destruição
vibra vigoroso no centro da minha alma um grito.
Um grito silencioso, mudo. Um grito da alma.
Clama energicamente contra as injustiças que percorrem a Terra; 
Clama energicamente contra os bens desperdiçados
desprezando as bocas abertas a reclamarem uma migalha de pão
que destrone o aguilhão acre cravado nas suas entranhas...

Um grito.Um grito silencioso. 
Um grito mudo vibra vigoroso no centro da minha alma.
Clama energicamente contra o sangue inocente a correr pelas calçadas;
Clama energicamente contra os políticos imorais
que vertem dor e sofrimento sobre o povo indefeso, 
e alimentam  as suas robustas e anafadas contas bancárias
com o que subtraem à boca dos esfomeados…

Um grito.Um grito silencioso.Um grito mudo.
Vibra vigorosamente no centro da minha alma.
Vibra tão intensamente, preso no meu Ser.
Tão vibrante e estrondoso preso no meu Ser.
Qual Shiva tenebroso lavrando a transformação.
Vibrante. Estrondoso. Preso no meu Ser.
Não tenho forças para soltá-lo.
Jeracina Gonçalves
12/05/2013

sábado, maio 11, 2013

QUANDO A ÁGUA É O ESPELHO DO CÉU
A BELEZA QUE A IMAGEM REFLECTE
ATRAVESSA O OLHAR , INUNDA O CORAÇÃO,
E TRANSBORDA NO OLHAR!


domingo, maio 05, 2013

... aos 94 anos 
Partiste, Mãe.
Partiste para o Além,  
Aí espero rever-te um dia.
Mas ficaste em mim.
Viva. No meu coração.
E é a ti que vou buscar o ânimo
Que me ajuda a seguir em frente
E a enfrentar os percalços
Que vão atapetando o meu caminho;
É a ti que vou buscar o ânimo
Para  o desânimo, que tantas vezes me toma
E quer arredar de mim a esperança.
Onde quer que estejas
sei que me escutas.
Sei que me observas e entendes.
Sei que caminhas a meu lado
Com a tua coragem, com a tua força,
Com o teu ânimo a derrotar o meu desalento.
E eu resisto em ti;
Em cada pedaço de ti, que se renova em mim.
Na minha vida me dá sustento.
Jeracina Gonçalves
5 de Maio de 2013 – DIA DA MÃE
Aqui, da minha janela, aberta de par em par
sob a música dos pássaros no verde, em frente, a chilrear.

A COR DA ESPERANÇA

O Sol sobe e desce dia a dia no horizonte.
Às vezes, encoberto por nuvens densas,
Não deixa que lhe admiremos o brilho,
Que usufruamos da sua luz resplandecente;
Mas, invariavelmente, continua lá, no seu posto,
A iluminar e a fomentar a vida na Terra.
Assim também o meu coração,
Subjugado ao peso de nuvens densas,
Mantém viva a cor da esperança,
A crença de que o sol, em breve, brilhará.
E nessa esperança viverá. E lutará.
Até ao romper da nova aurora.
Jeracina Gonçalves
 Barcelos, 6 de Setembro de 2012