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quarta-feira, janeiro 30, 2008

26/01/08 (de Chaves para Vila Real


... e o céu vespertino veste roupagens multicoloridas, que atraem e prendem o meu olhar e a objectiva da minha máquina fotográfica.
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quinta-feira, janeiro 24, 2008

22/01/08 - SERRA DO MARÃO

O SOL BRILHA SOBRE UM ESPESSO MANTO BRANCO, QUE ENSOMBRA A BASE DA SERRA ATÉ MEIO DAS ENCOSTAS E CASTIGA AS SUAS GENTES COM UM DIA TRISTONHO, FRIO E ESCURO.

sábado, janeiro 19, 2008

NEM, SEQUER, MIRAGEM…

“Procuro o oásis no deserto das ideias dentro de mim”, mas apenas encontro um areal sem fim, esgotado de vida, néscio, seco, improdutivo, que se estende até ao horizonte longínquo da alma, sem vislumbrar mancha verde a macular-lhe a secura estéril. Nada mexe, nada luz, nada cresce neste areal ressequido, sem o húmus e a humidade indispensáveis à germinação do grão. Não há pensamento, ideia que flua, crie corpo e base para crescer e se desenvolver produzindo frutos carnudos, doces e suculentos, capazes de alimentar e deliciar o espírito de quem esteja na disponibilidade de os trincar e saborear. Apenas um buraco negro, onde não chega a luz que alimenta a vida ocupa hoje a minha mente. Nem oásis, nem miragens. Nada. Nem sequer uma daquelas miragens que fazem viver momentos de esperança, ilusória, é certo, mas que servem, muitas vezes, de incentivo e de trampolim na ultrapassagem de obstáculos, inoculando em nós a força necessária para continuarmos à procura da concretização do sonho sem nos deixarmos desesperar nem abater. Porque alimentam a esperança, dão ânimo para continuarmos na busca e na determinação dos objectivos a alcançar. Mas hoje, nem oásis, nem, sequer, miragem…
Jeracina Gonçalves

segunda-feira, janeiro 14, 2008

PATRIMÓNIO HISTÓRICO/CULTURAL

Neste nosso pequenino rectângulo temos um património cultural de grande beleza, riqueza e valor histórico, nas nossas igrejas, nos nossos palácios, nos nossos conventos, nos nossos museus, muitas vezes a dois passos da nossa residência, ou a algumas horas de automóvel, de autocarro, ou de comboio, que não conhecemos, e vamos, tantas vezes, lá para fora, visitar igrejas, palácios, conventos e museus...
Parece ser uma característica dos portugueses desprezarem o que é seu. Sempre teimámos em desvalorizar o que é nosso. Valorizamos pouco o nosso património histórico e cultural, para valorizarmos o dos outros. O que há lá fora é que é bom, é que é bonito, é que vale a pena conhecer. E temos coisas muito bonitas no nosso país, que aos Domingos e Feriados, entre as 11 e as 14 horas, até podem ser visitadas gratuitamente.
Este fim-de-semana fui a Lisboa com um grupo de amigos.
Visitei a Basílica dos Mártires – Igreja Paroquial da Paróquia dos Mártires –, no Chiado, do séc. XVIII (já que a anterior, de estilo barroco, foi destruída pelo terramoto de 1755), e o Palácio da Ajuda.
A Basílica é ampla, ladeada de altares de um e dd outro lado, com um tecto pintado, lindíssimo, e um belíssimo altar-mor. É muito bonita!
Mas, o palácio… É magnífico! Salas sumptuosas com tectos admiráveis, mobiliário rico, candelabros, candeeiros, porcelanas, esculturas, pinturas, gobelins lindíssimos e ricos...
É mais um dos nossos palácios, a juntar a tantos outros, que vale a pena visitar. São várias, são ricas e algumas são vastas, as suas salas. E é nosso! Faz parte do nosso Património Histórico e Cultural!
Foi mandado construir pele Príncipe D. João, futuro rei D. João VI, sobre os destroços da Tenda Real, em madeira e tecido, mandada erguer pelo rei D José I após o Terramoto de 1755, que foi destruída por um incêndio.
A primeira pedra deste palacio foi lançada no 9 de Novembro de 1795, sob um projecto em estilo barroco. Mas, em 1802, sob a influência de dois arquitectos chegados de Itália, o rei mudou de ideias e, sem desaproveitar o que estava feito, a construção continuou em estilo neoclássico. Poderá dizer-se que o actual Palácio da Ajuda é em estilo neoclássico e que a sua construção se iniciou em 1802.
Só no reinado de D. Luís I (1861) passou a Residência Real oficial. Até aí foi habitado esporadicamente (a primeira vez em 1826, pela Infanta Isabel Maria e suas irmãs) e usado para algumas cerimónias reais.
É actualmente gerido pelo IPAR e pela Presidência da República e nele funciona o Ministério da Cultura, a Biblioteca da Ajuda e o Museu.
Vale a pena visitá-lo!
Jeracina Gonçalves

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Acabo de ler no PÚBLICO do dia 8/01/08, uma notícia intitulada “Hospital Acusado de Negligência na Morte de um Idoso”, que descreve a forma como um septuagenário foi “cuidado” na Urgência do Hospital de Vila Real. Este caso traz-me à lembrança a indignação sentida com um facto sucedido com um familiar meu, no dito hospital: tinha uma intervenção para extirpação de uns pólipos intestinais, marcada para o dia nove, com a informação do gastroenterologista, que lhe fez o exame em Novembro, de que deveriam ser tirados quanto antes. Chegado ao hospital no dia nove, na hora marcada, com toda a preparação feita para a dita intervenção, depois de muito esperar, mandam-no de volta para casa com nova marcação para “o dia quatro de Março!”.
São pólipos. Não é cancro. Ainda! 
Que está a fazer-se com a saúde das pessoas? Brinca-se? 
A Saúde é a joia mais preciosa de cada ser humano. Não se pode brincar, assim, com ela. Ninguém tem o direito de o fazer. Não é justo. Não é humano criar nas pessoas este sentimento de abandono, a que se sentem botadas, quando estão mais fragilizadas e precisam de cuidados. Pessoas que trabalham, que pagam os seus impostos, têm o direito de exigir que o Estado as trate com responsabilidade e lhes proporcione cuidados de saúde responsáveis e atempados.
A saúde é uma riqueza incomensurável para qualquer país. A meu ver, a principal fonte de rendimento. Pessoas com saúde são alegres, felizes. Tem energia e alegria. Trabalham e produzem. Não precisam de anti depressivos, nem de medicamentos de qualquer espécie. Produzem. Pagam os seus impostos e não dão despesa ao Estado. Quando adoecem (o melhor seria a prevenção) é preciso cuidá-las rapidamente, para que não piorem e não entrem em depressão por se sentirem abandonadas. 
O inteligente, o economicamente rentável será recuperá-las rapidamente para poderem continuar a contribuir como seu trabalho para o enriquecimento do País.
Quanto ao que vai acontecendo com as Urgências, parece-me mais um ato irrefletido do nosso Governo. Um ato inconsequente de pessoas que deveriam ser responsáveis; que têm a obrigação de fazer do país que governam um sítio justo, onde as pessoas possam confiar nos seus governantes e se sintam felizes. E não cavar mais profundamente o fosso entre aqueles que têm dinheiro e os outros, muitos dos quais têm fome. Criar-lhes este sentimento de abandono, de desamparo, como acontece com as pessoas que vivem nessas aldeias do interior, perdidas na serra, com fracas estradas, a quilómetros e quilómetros de uma Urgência, é mais uma machadada sobre as suas cabeças. Muitas morrerão antes que uma ambulância chegue para lhes prestar socorro. Não é justo fechar Urgências, assim, como está a acontecer, e sobrecarregar outras de forma a não conseguirem exercer o mester que o nome propõe (atender depressa a quem a elas recorre). 
Quem recorre à Urgência de um Hospital é porque se sente doente. Deve ser cuidado o mais rapidamente possível, com humanidade e responsabilidade. Não é humano pôr pessoas doentes a passar dias e noites no desconforto de uma maca, nos corredores das Urgências. Tenho lido, tenho ouvido que Portugal é o país da Europa que mais anti depressivos consome. E não é difícil compreender esse facto. Provavelmente o seu consumo crescerá cada vez mais. Portugal está um país cada vez mais doente. Os Portugueses estão a perder a esperança. A depressão toma conta dos Portugueses

Jeracina Gonçalves
Barcelos/Portugal

domingo, janeiro 06, 2008

Ontem, 4 de Janeiro, tive o grato prazer de poder assistir ao Concerto dos Reis pela Orquestra do Algarve dirigida pelo Maestro Cesário Costa, sendo convidada de honra a soprano Elisabete Matos, no Teatro Circo, em Braga. A soprano, por falência da voz devido a mudanças bruscas de temperatura, só actuou na primeira parte. Por isso o concerto não se efectivou por inteiro. Restaram cinco temas por executar. Mas o tempo que durou (muito perto de uma hora e um quarto) foi de profundo e intenso deleite. Foi um verdadeiro e precioso alimento para a alma: alegre, cheio de melodia, sensibilidade, ritmo. Belo!
A expressão corporal do maestro, a vibração que ele imprime em cada um dos seus gestos, comunica-nos a emoção produzida por cada nota. Faz-nos vibrar ao seu ritmo.
Foi simplesmente maravilhoso!
Jeracina Gonçalves

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Uma biquinha à beira da estrada

Uma biquinha chorosa
Que fica à beira da estrada
Verte lágrimas copiosas
Sobre o regueiro da berma.

Canta a água alegremente
Por entre calhaus e rochedos
Dança com as ervinhas do leito
Conta-lhes os seus segredos.

Segredos que trás da viagem
Que faz entre a terra e o ar
Nesse vaivém sem descanso
Nesse seu ir e voltar.
Jeracina Gonçalves