"EU E OS OUTROS, DAQUI E DALI", será um espaço de reflexão e de registo de imagens e pensamentos colhidos e construídos nas vivências do dia-a-dia, que poderão ser em prosa, em verso, ou imagem.
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segunda-feira, junho 28, 2021
quinta-feira, junho 24, 2021
O CHEIRO A TERRA MOLHADA
embala a vida para lá da janela,
e espalha pelo ar
o cheiro a terra molhada
que refresca e acaricia
e acorda no meu coração
o desejo de ser vida.
Vida amada,
por outro coração desejada.
terça-feira, junho 22, 2021
O CÂNTICO ADORMECIDO DO AMOR
Os seus olhos são bênção são amor
Doces como pingo de mel
Aquecem a minha alma
Acendem em mim o cântico adormecido do amor intenso
Em jorros, a brotar
Forte e belo como o mais belo diamante
Da jazida prolífera do meu coração
Estendo-lhe a mão
Nossos pés não tocam o chão.
A água corre mansa pelo leito sereno
Respira serenamente o límpido e permanente gorjear
Até que abraça a rocha… o rochedo…
E canta… e dança… e ri em contínuo gargalhar.
A sua presença é luz
E em luz transforma todos os cantos da casa
Os seus olhos são bênção são amor
Doces como um pingo de mel
Aquecem a minha alma
Acendem em mim o cântico adormecido do amor intenso
Em jorros, a brotar
Da jazida prolífera do meu coração.
sábado, junho 19, 2021
O MUNDO DE MÃOS DADAS
Amor no meu coração
A vida tem outro gosto
Se todos dermos as mãos
Caminharmos lado a lado
Em busca da solução
Para a fome a doença a guerra
A vida, sobre a morte crescente
Por que em vez de protestar
Não nos pomos a trabalhar
Cada um no seu lugar
Mas na mesma direção
P’ra este movimento travar?
É bem mais fácil vencer
Quando juntos caminhamos
Partilhamos as ideias
Construímos o caminho,
Seja o caminho que for.
Pela vida, lado a lado,
Cada um dando o melhor
Constrói-se um mundo de Amor.
Se no mundo a vida for
Entre veredas de paz
A fome a sede a dor
Do mundo, se diluirão.
Unamos as nossas mãos
Num sublime cordão
E construamos, então,
Um mundo que seja melhor!
Após a pandemia passar
Agarremos mão a mão
Na mesma instigação
De um mundo mais igual
Onde todos possam ter
O pão para comer
A água para beber
E com dignidade viver
Cada Ser no seu lugar
Olhe o outro como igual
Com a firme convicção
De que tem uma missão
No planeamento geral
terça-feira, junho 15, 2021
COGITAÇÕES…
segunda-feira, junho 14, 2021
BOM DIA!
O som delicioso, límpido, de uma flauta mágica da natureza, a destacar-se de outros, toca os meus ouvidos. Acorda-os. Abro os olhos. O quarto está escuro. Acendo a luz do candeeiro: cinco horas e quarenta e cinco. Levanto-me, vou à janela, subo a persiana, abro o cortinado: a luz começa a colorir o horizonte. Muito tímida, ainda, bem depressa se afoita e sobe ligeira por entre o rendilhado da cortina verde, mostrando alegremente a sua beleza cheia de encanto. Não lhe resisto. Vou buscar o telemóvel e fotografo a sua energia mágica a trepar pela abóbada celeste. Ora por entre a filigrana verde ora em campo aberto (ao som da minha orquestra favorita, que continua a atuar para mim) vou fazendo fotografias de vários ângulos.
O som da flauta é inconfundível. Destaca-se de entre os outros com uma nitidez fantástica. O músico, vi-o ontem, à tardinha, a passear-se no terraço, altivo e vaidoso do seu traje cor de azeviche, lustroso, belo! Mas, hoje, mantém-se encoberto, entre a cortina verde do palco, concentrado na sua primorosa atuação.
Vou depois à cozinha, bebo um copo de água, lavo uma maçã e vou comê-la à janela, enquanto observo atentamente o plátano gigante e procuro lobrigar por entre os seus ramos os artistas que todos os dias me premeiam com tão belo espetáculo musical. Nada. Nenhum aparece. Estão concentrados no espetáculo. Hoje não estão disponíveis para me presentearem, também, com o seu bailado.
Retiro-me, preparo uma chávena de leite com café solúvel, três bolachas de milho com mel e canela, e sento-me a tomar o pequeno-almoço acompanhado pela bucólica melodia.
domingo, junho 13, 2021
U.Porto propõe uma semana para explorar diferenças entre gémeos iguais
sexta-feira, junho 11, 2021
SOLIDÃO
o mar encrespa-se,
as sombras sobem pelo dia
Aqui, calada,
sentada no vazio da noite
olhar parado na distância do nada
espero uma voz, um toque,
alguém que acorde a madrugada.
quarta-feira, junho 09, 2021
segunda-feira, junho 07, 2021
Sete de Junho, Dia Mundial da Segurança Alimentar
Embora este texto, que me chegou através da Newsletter da Universidade do Porto, não tenha por título "Segurança Alimentar", parece-me implícito na reflexão da Exma. Senhora Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora da mesma, que aqui vos deixo. Jeracina Gonçalves, Barcelos/Portugal
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sábado, junho 05, 2021
sexta-feira, junho 04, 2021
“DEPOIS DE QUILÓMETROS E QUILÓMETROS PERCORRIDOS, ESPERA SEIS HORAS PARA…
Sentados comodamente na nossa cadeira ocidental, onde se reclama por tudo e por nada, ficamos cegos para o resto do mundo, no qual, em muitos lugares, faltam as coisas mais básicas à sobrevivência da vida. Coisas, como a água, que é a própria vida.
É possível viver alguns dias sem comer, mas muito poucos sem beber.
Acabo de ouvir, na TSF, a crónica de Fernando Alves, que trouxe ao meu espírito e me fez doer o coração (mais uma vez), o problema que é a falta de água no mundo.
Temo-la a correr das nossas torneiras, quando precisamos dela para tomar banho, cozinhar, limpar as nossas casas, lavar as nossas roupas, regar as nossas plantas, dar de beber aos nossos animais, …, e passa-nos ao largo o quanto esse mineral, que usamos e abusamos, representa para alguns seres, humanos como nós, a viver em certos lugares deste planeta.
Os quilómetros e quilómetros que percorrem e as horas e horas que esperam para obterem alguns litros desse precioso mineral, indispensável á sua vida e à vida da sua família. E, pergunto-me, tantas vezes, por que é que a tecnologia transporta, há tanto tempo, o petróleo, o gás, …, por esse mundo, e não investiga o modo de fazer chegar a água dos locais aonde abunda aos locais onde faz falta? Gasta-se tanto dinheiro a destruir o mundo, quando o que faz falta é melhorá-lo; gasta-se tanto dinheiro a explorar o Espaço, quando na Terra há tanta coisa para fazer…
Nada entendo de economia, de tecnologia, de astronomia, de engenharia, de inteligência artificial, assim com nada entendo das prioridades de investigação do nosso mundo moderno, parece-me, no entanto, que a prioridade das prioridades, seria criar condições mínimas de vida a todos os povos da Terra. E que todos, sem exceção, em todas as longitudes e latitudes, tivessem um pedaço de pão e umas gotas de água potável no seu dia-a-dia.
quinta-feira, junho 03, 2021
O VERSO DECISIVO
tem a leveza e o brilho do olhar d’ uma criança,
entre os salpicos do mar, com as outras a brincar,
asas de luz e bonança pelo etéreo a voar.
É um verso decisivo, o verso hoje encontrado,
entre os risos e chilreios d’ animada criançada,
carregando a sacola, a caminho da escola:
No olhar levava a fé num tempo de bonança,
para livremente viver o seu tempo de criança.
Há tanto que procurava o verso que hoje encontrei!
Com que alegria apanhei o raiar de um novo dia!
Vou construir um poema feito de luz e harmonia
Asas vestindo o azul de saúde e alegria.