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domingo, março 30, 2008

quarta-feira, março 26, 2008

PELENITUDE

Não sei se venho ou se vou
Não sei se parto ou se chego
Olho para mim nada sou
Olho em redor nada tenho.

Olho em redor tudo é meu:
As horas, que correm ligeiras,
O Sol, a Lua, as estrela
As serras, os rios, o mar
As vozes dos passarinhos
Os patos, no lago, a nadar…

Não sei se venho ou se vou
Não sei se parto ou se chego
Olho para mim nada sou
Olho em redor nada tenho
E tudo em redor me pertence
E enche minha alma de luz.
Jeracina Gonçalves - Barcelos/Portugal

terça-feira, março 25, 2008

NO ALTO DA MONTANHA

Lá, no reduto da águia, bem perto do azul celeste,
meu coração ganha asas, voa e cresce em esperança
na água resplandecente, a serpentear lá no fundo,
ensopando o nobre vale de fertilidade e bonança.

Lá, no reduto da águia, bem perto do azul celeste,
meu coração voa, leve, penetra o etéreo azul
e voa para o infinito. Leve… Muito leve...
Mais leve que a penugem do corpo imberbe no ninho.
Meu coração ganha asas. Voa. Leve e a cantar.
Jeracina Gonçalves

quinta-feira, março 13, 2008

PÔR-DE-SOL NA FOZ - 13/03/08


O pôr-de-sol é sempre diferente, ainda que visto sempre do mesmo sítio. Ou quanto à luminosidade e ao cromático envolvente, ou quanto ao tamanho e forma das núvens ou à ausência delas, ou, como neste caso, quanto ao estado do mar.
É sempre uma obra de arte, que admiro com grande prazer, e que me causa uma emoção de profundo encantamento.

Jeracina Gonçalves

segunda-feira, março 10, 2008

“ESTE PAÍS NÃO É PARA VELHOS”

Gosto de cinema, vou com alguma frequência ao cinema, mas de cinema nada entendo. O meu intelecto pouco ou nada intervém na apreciação que eu faça de um filme. Gosto ou não de um filme, conforme esse filme tocou a minha sensibilidade, a minha emoção. Gosto dos filmes que produzem em mim sentimentos positivos e de bem-estar. Gosto de sair do cinema alegre, bem disposta e com o coração cheio de esperança. São especial­mente esses filmes, que dispõem bem, que me levam ao cinema. Mas também aqueles que focam temas sérios, temas que nos façam pensar sobre a vida e os problemas que afectam o mundo, mas que nos deixam uma porta aberta à esperança, me seduzem e me levam a sentar perante o grande ecrã.
Ontem fui ver “ESTE PAÍS NÃO É PARA VELHOS”, o filme dos Óscares deste ano e vim de lá com a sensação de ter assistido a um filme de uma violência gratuita, personalizada num psicopata para quem a vida humana não passa de um jogo “cara ou coroa”, que com determinação persegue até ao inferno quem decide exterminar. Um filme que arreda de nós toda a esperança num mundo melhor.
Se calhar os subterrâneos da droga são mesmo assim. Sabemos que são assim. Nesse mundo subterrâneo a vida humana é lixo. E também sabemos – os noticiários vão-nos dando nota disso – que a sociedade actual fervilha de psicopatas, especialmente nos Estados Unidos de onde nos chegam com frequência matanças em série. E, a meu ver, este filme pretende ser o retrato caricaturado da sociedade americana actual. Mas dói que não deixe qualquer janela ou porta entreaberta à esperança. As forças do bem, da legalidade, sucumbem acabrunhadas, sem esperança, perante a força do mal, como que tudo esteja já perdido e caminhemos, sem possibilidades de retrocesso, para uma sociedade do mal.
Jeracina Gonçalves

sexta-feira, março 07, 2008

Posted by PicasaCanta a água alegremente
Por entre calhaus e rochedos
Dança com as ervinhas do leito
Conta-lhes os seus segredos.
Jeracina Gonçalves