Pesquisar neste blogue

sábado, novembro 03, 2012

A POESIA

Poesia é liberdade,
é fuga, é evasão
é sair da realidade
que faz mal ao coração
no comboio da ilusão.

Poesia é pensamento
é síntese, é sátira, é ironia
é tormento,  é exaltação…
Poesia é expressão
em parcas palavras descreve
aquele exato momento
que afeta o sentimento.

Poesia é alegria, é quimera
é sonho, é fantasia
é gemido, é grito, é pranto…
é Amor e é paixão
é Vida que corre na alma
se a sente o coração.

Poesia é sentimento.
Poesia é emoção.

Os poetas, seres avaros,
em parcas palavras dizem
o que sente o coração
são peritos da ilusão.
in O INOVADOR/2012
         Jeracina Gonçalves
       Barcelos/Portugal

“Aprender até Morrer”



Olha o mundo à tua volta
Viaja, passeia, escreve e lê.
Na viagem implacável do tempo
Mantém viva a chama
Que enriquece a tua alma
Lubrifica a engrenagem
E preserva o apetite
De “Aprender até Morrer”.
in "O INOVADOR/2012
Jeracina Gonçalves

sexta-feira, agosto 24, 2012

AS MÃOS

As mãos, ferramentas versáteis reguladas pela Central
São munidas de mecanismos sujeitos à emoção:


Guiadas pelo Coração desenham gestos de Luz.
Dimanam amor, amizade, carinho,  gratidão
Dão forma, dão movimento, dão expressão... 
Partilham, com igualdade, Amor, Carinho e Pão.
São ferramentas de Amor. Operárias da Construção!

Se na central acontece alguma desregulamentação 

E tomam as trevas o lugar do Coração,
As mãos...então... são torpeza, amargura, crueldade
Espalham caos... sofrimento... terror...
São carrascos de execução. Ferramentas de devastação.


As mão, ferramentas versáteis reguladas pela Central
São munidas de mecanismos sujeitos à emoção: 
São ferramentas de amor, 
Mas também de destruição sofrimento, dor.
                                                  Jeracina Gonçalves

sábado, agosto 18, 2012

Quando menos se espera...

Quando menos se espera somos surpreendidos por espetáculos culturais maravilhosos: captam os nossos sentidos e deixam-nos a alma inundada por uma corrente positiva, que nos dispõe bem e nos enriquece. Foi o que me aconteceu ontem, 17 de Agosto, no Restaurante do Campo de Golf, em Ponte de Lima. Um espectáculo multi cultural  no qual a música, a pintura, a dança, a poesia e, até a representação, se entrelaçaram e nos proporcionaram momentos de bem-estar e deleite. 
O conhecimento do evento chegou-nos através do facebook e como contemplava várias artes e tinha a participação de alguns artistas conhecidos, ou fisicamente e pelo seu trabalho, ou de nome, pelo seu trabalho, eu e o meu marido resolvemos dar um saltinho até lá. E em boa hora o fizemos. Foram, para mim, duas horas e meia de completo – julgo que posso dizer assim – encantamento, observar as mãos do pintor barcelense AFMCH, a transformarem três telas virgens, de dimensões razoáveis, em três magníficos quadros. A destreza com que aquelas mãos e aqueles dedos, manchados de tinta, fizeram crescer formas e harmonizar cores nas telas brancas, deixaram-me completamente rendida e dificilmente conseguia desviar os olhos daquela magnífica aula de pintura. Um espectáculo  para mim, maravilhoso. 
Mas também os outros artistas merecem o meu apreço e o meu aplauso. E a alma posta na forma de dizer os seus poemas e os próprios poemas ditos pelo escritor José Ilídio Torres foram também, para mim, um momento alto do espectáculo.

Muito obrigada a todos os artistas presentes. 
Como já disse, foram duas horas e meia muito enriquecedoras para a minha alma.

Muito Obrigada.

Jeracina Gonçalves

quinta-feira, março 22, 2012

TEMPO DE PRIMAVERA



Flui seiva “quente “naquela planta singela
Seu corpo enamorado acorda e se revela
Em brotos grávidos de vida, inícios de renovação.
 
A vida, que por lá corre, é sangue rubro e quente
Que em mim flui e cresce, me desdobra e me faz nela
Pedaços gratos de mim, matizes de uma flor singela.

Jeracina Gonçalves
In SORTILÉGIOS DA NATUREZA

sexta-feira, março 16, 2012

...PELOS CAMINHOS DE OUTRORA



Flui seiva “quente “naquela planta singela
Seu corpo enamorado acorda e se revela
Em brotos grávidos de vida, inícios de renovação.
 
A vida, que por lá corre, é sangue rubro e quente
Que em mim flui e cresce, me desdobra e me faz nela
Pedaços gratos de mim, matizes de uma flor singela.

Jeracina Gonçalves
In SORTILÉGIOS DA NATUREZA

E A CHUVA NÃO VEM…


A nuvem não cresce, não enche, não chora…
É pétala de  rosa no azul transparente.

A chuva não chega. A chuva não vem.
A terra queimada, exangue, sedenta
Clama por ela a todo o momento.
A nuvem, no céu, não ouve o clamor da terra sedenta. 
É pétala de  rosa no azul transparente;
Da terra não sente o apelo urgente.

A nuvem não cresce, não incha, não chora…
A chuva não chega. A chuva não vem.
A planta, sequiosa,  
À terra gretada, exangue, sedenta
reclama sustento. 
A terra não dá. A terra não tem…
Ao céu suplica suas lágrimas cadentes;
Suas lágrimas de vida, em fio, transparentes
Sobre seu corpo gretado, exangue carente.

A nuvem não cresce, não enche, não chora…
A chuva não chega. A chuva não vem.
A planta atrofia. 
Na terra sedenta expira
Exaurida
Seu último alento.

A nuvem não cresce, não enche, não chora…
A chuva não chega... A chuva não vem...

                                                                                 Jeracina Gonçalves - Barcelos/Portugal
Março/2012

Est poema é de 2012. Mas, infelizmente, em 2017 está bem atual.