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quinta-feira, março 29, 2018


Páscoa é Perdão, é Solidariedade, é Alegria,

é Fraternidade, é Amizade, é Renascimento e é Esperança.



FELIZ PÁSCOA 2018 PARA TODOS NÓS!

Que Jesus Ressuscitado Habite os nossos corações.

                                                                                     





Recebi por mail. Parece-me que estes procedimentos não devem limitar-se à Quaresma, que está a terminar. Devem ser usuais no nosso quotidiano. 

Aqui fica a Lição do  Papa Francisco:
Para a Quaresma o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que ele mencionou como manifestações concretas de amor:

*1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!
*2. Agradecer (embora não “precise” fazê-lo).
*3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.
*4. Cumprimentar com  alegria as pessoas que você vê todos os dias.
*5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
*6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.
*7. Animar a alguém.
*8. Reconhecer os sucessos  e qualidades do outro.
*9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.
*10. Ajudar a alguém para que ele possa descansar.
*11. Corrigir com amor; não calar por medo.
*12. Ter delicadezas com os que estão perto de você.
*13. Limpar o que  sujou, em casa.
*14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
*15. Telefonar ou Visitar + Seus Pais.

O MELHOR JEJUM

• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
•Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
• Jejum de tensões e  encher-se com orações.
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
• Jejum de falta de perdão e encher-se  de reconciliação.
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros...

sexta-feira, março 23, 2018


Daqui, da janela do meu quarto, comungo o azul transparente, bordado pelas flores brancas e pelo verde tenro das folhas da ameixoeira em início de floração, pelo rendilhado do plátano despido e do pinheiro nórdico vestido de verde-escuro, brilhante, num rendilhado de malha mais espessa, mas de igual beleza, gravados na tela azul: fazem cortina em primeiro plano. E este quadro de beleza simples, singela, mas única, com que a natureza me brinda hoje, pela manhã, sonorizado pela alegria infantil em hora de recreio, entra-me pelo olhar e vai alimentar a minha alma, sempre sedenta da beleza pura e natural com que somos agraciados, a cada momento, se tivermos a capacidade de deixar-nos encantar pelas coisas simples que nos vestem o quotidiano: pequenos momentos de paz e tranquilidade, que apascentam  espírito e nos fazem sentir que a vida é bela e vale a pena ser vivida e sentida com o coração.

Jeracina Gonçalves
22/03/2018

sexta-feira, março 16, 2018


DO MOSTO À PALAVRA

Terra morena, de belos cantares,
vastos vinhedos, sobrais, searas e olivais
em teus horizontes se perdem meus medos
dilato meus olhos, descubro segredos
que rondam os céus.
Terra crestada, adega e celeiro,
o sol te abraça com ardente paixão.
És terra morena. E nesse teu chão
és terra de pastos, de azeite, de vinho e de pão.

Dos mostos ferventes, nas dornas e lagares,
odores feiticeiros, em prenhes outonos,
em mares ondulantes evoluem em teus ares…
Essências puras nos teus céus a evolar,
em cubas, pipas e tonéis vão descansar.

Néctares sublimes,
dignos dos deuses o Éden a desfrutarem
de taça em taça,
entre comparsas, a circular
aquecem o sangue,
libertam a palavra, o riso, a alegria…
Atiçam a tertúlia!

Do mosto à palavra, sem abusar
o sangue da uva é pura alegria
no sangue a circular.
Do mosto à palavra, sem abusar…
É riso, é alegria no sangue a circular!

Jeracina Gonçalves
Barcelos, 19/04/2017

*Integra um livro de Ciado Editora com o mesmo nome.

quarta-feira, março 14, 2018

O SOM DO SILÊNCIO

São quatro paredes brancas
Que envolvem este silêncio:
No centro, à mesa sentada,
Sinto meu coração denso.

A porta rasga a da frente;
A da esquerda, a janela;
Na de trás há dois postigos
A da direita é singela.

Este silêncio me enfada
Pesa-me no coração.
Olho as paredes, cansada!...
Sufoca-me a solidão.

Paro. Escuto o silêncio.
Escuto-o com muita atenção:
Voando nas asas do vento
Chega até mim a canção.

Puros sons da Natureza
Entrecruzam-se no ar.
Sinto-lhes singular beleza!
É melodia sem par! 

                      Muge a vaca, ladra o cão
Canta o galo e o garnisé;
Malha o ferro, o artesão,
E o choro da criança
Acontece aqui ao pé.

Diz a mãe em tom zangado:
- Vê se te calas! Já basta!
O rodar do automóvel
Conforme chega se afasta.

E também a passarada
Faz um concerto divino:
Toca flauta, guitarra,
Violão e violino.

A minha alma está leve.
Envolve-se na melodia.
A Natureza e seus cantares,
Devolveram-lhe a fantasia.

 Jeracina Gonçalves
"in" JANNELA ABERTA

segunda-feira, março 12, 2018


Amanhece. Corro a persiana da janela do quarto. Gotas enfeitam a vidraça exterior, tal qual brilhantes incrustados em vaporosa tela. Uma suave luz laranja ilumina o horizonte, entra pela minha janela e acalenta a minha alma, que agora pede tréguas a este tempo tempestuoso que tem “mimado” o sul deste país que amo. O sul e o norte. Mas no sul já causou avultados prejuízos.
A chuva faz falta e é uma bênção; porém o vento forte tem causado alguma destruição e sofrimento. Especialmente na região do Algarve.

Jeracina Gonçalves

domingo, março 11, 2018

Sentada na minha cama com o computador à frente, por entre uma frincha entreaberta entre os cortinados, assisto ao bailado frenético do pinheiro - do outro lado do muro do meu jardim - nos braços do vento, e  oiço o  seu uivo rouco a vergastar, furioso, as pobres árvores inocentes.
Bom Dia! Boa Tarde! Boa Noite! Conforme o lugar onde me esteja a ler.
Agora despeço-me com um abraço. Vou arranjar-me. Vou à missa.
Jeracina Gonçalves
11/03/2018

A COR DO VENTO

O vento tem muitas cores
As cores da imaginação:
Tanto é o verde-esperança
Como o cinza-furacão.

É verde, vermelho ou castanho
É branco, negro ou lilás
Azul, cinzento, amarelo...
São tantas as cores que ele faz!...

A brisa do anoitecer
É anil, cor azulada;
A que sopra ao amanhecer
Tem uma cor orvalhada:
É branca; é perfumada.

Na canícula sufocante
A brisa soprando fresca
É da cor do verde - esperança;
Mas se sopra vento grosso
Sua cor é bem diferente...
É rubra! Incandescente!
E como diz nosso povo:
Traz o diabo no ventre.”

Há vento de cor cinzenta,
Negra – cor bem pesada;
Esse é o vento assassino
É o vento de furacão.
Tudo arrasa. Não deixa nada.
Há, também, vento cortante
Como navalha afiada.
Não é branco, não é negro...
Esse... é da cor da geada.
Sua cor é prateada.

O vento tem muitas cores:
Verde, vermelho, castanho
Branco, negro, lilás
Azul, cinzento, amarelo...
São muitas as cores que ele faz.

Jeracina Gonçalves
"in" JANELA ABERTA

quinta-feira, março 08, 2018

MULHER


Mulher,
Por que choras?
Por que sofres e te lastimas?
Não deixes que te maltratem.
Tu és o seio da Vida!
És a terra que se abre
E a semente recolhe.
Em ti germina a semente
E cresce, em ti, docemente
A vida que em ti se acolhe.
Tem orgulho em seres Mulher!

Mulher,
Por que choras?
Ser seio, ninho, guarida
Ser mãe, amante e amiga
À Vida dar outras vidas
Na vida por mulher ser...
Sentir a Vida Mulher!
Mulher!... Por que choras!?
Mulher me orgulho de ser!
Jeracina Gonçalves
"in" JANELA ABERTA

quarta-feira, março 07, 2018

QUEM ÉS TU?


Acordei da meditação
Abri meus olhos
Olhei em volta
E vi
Estava a pensar em ti
Ausente, noutro lugar
Nas praias de outro mar.
Ainda não entendi:
Que razão te traz aqui?
Neste silêncio de mim
Há um som que m’atordoa
E perfura o meu olhar
Errante, noutro lugar.
Estava a pensar em ti:
Que razão te traz aqui?
Ainda não entendi.
E meu olhar na distância
E em meu peito esta ânsia:
Quem és tu?
Que procuras tu aqui?
Ainda não entendi.

Jeracina Gonçalves
07/03/2018

quinta-feira, março 01, 2018

POR QUE ESCREVO

Escrevo...
Se a beleza impera
e enche minha alma de encanto;

Escrevo...
Se a tristeza domina
e enche meus olhos de pranto;

Escrevo...
Se a realidade me choca
e minha sensibilidade provoca;

Escrevo quando a beleza
domina o meu pensamento;
escrevo quando a tristeza
me causa grande tormento;
escrevo se do real
preciso de alheamento.

Porque escrevo? Não sei.
Escrevo com o Coração.
Abro a porta ao meu Ser
Liberto a minha emoção.
Jeracina Gonçalves
"in" JANELA ABERTA