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quinta-feira, março 22, 2012

TEMPO DE PRIMAVERA



Flui seiva “quente “naquela planta singela
Seu corpo enamorado acorda e se revela
Em brotos grávidos de vida, inícios de renovação.
 
A vida, que por lá corre, é sangue rubro e quente
Que em mim flui e cresce, me desdobra e me faz nela
Pedaços gratos de mim, matizes de uma flor singela.

Jeracina Gonçalves
In SORTILÉGIOS DA NATUREZA

sexta-feira, março 16, 2012

...PELOS CAMINHOS DE OUTRORA



Flui seiva “quente “naquela planta singela
Seu corpo enamorado acorda e se revela
Em brotos grávidos de vida, inícios de renovação.
 
A vida, que por lá corre, é sangue rubro e quente
Que em mim flui e cresce, me desdobra e me faz nela
Pedaços gratos de mim, matizes de uma flor singela.

Jeracina Gonçalves
In SORTILÉGIOS DA NATUREZA

E A CHUVA NÃO VEM…


A nuvem não cresce, não enche, não chora…
É pétala de  rosa no azul transparente.

A chuva não chega. A chuva não vem.
A terra queimada, exangue, sedenta
Clama por ela a todo o momento.
A nuvem, no céu, não ouve o clamor da terra sedenta. 
É pétala de  rosa no azul transparente;
Da terra não sente o apelo urgente.

A nuvem não cresce, não incha, não chora…
A chuva não chega. A chuva não vem.
A planta, sequiosa,  
À terra gretada, exangue, sedenta
reclama sustento. 
A terra não dá. A terra não tem…
Ao céu suplica suas lágrimas cadentes;
Suas lágrimas de vida, em fio, transparentes
Sobre seu corpo gretado, exangue carente.

A nuvem não cresce, não enche, não chora…
A chuva não chega. A chuva não vem.
A planta atrofia. 
Na terra sedenta expira
Exaurida
Seu último alento.

A nuvem não cresce, não enche, não chora…
A chuva não chega... A chuva não vem...

                                                                                 Jeracina Gonçalves - Barcelos/Portugal
Março/2012

Est poema é de 2012. Mas, infelizmente, em 2017 está bem atual.