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quinta-feira, julho 27, 2006

ESPELHO


A Natureza exuberante, viva
saudável e bela
grita de alegria e, em esplendor,

a pujança do seu Amor!
Curia, Junho/96



Posted by Picasa

domingo, julho 09, 2006

UTOPIA?... TALVEZ…


Portugal é o quarto melhor do mundo em futebol. E isso é bom.
Tudo o que der ao povo português um sentimento de orgulho nacional é bom. Precisamos dessa corrente de energia positiva, que nos ligue como força e eleve o ego nacional; mas precisamos de transportar o exemplo que nos foi dado pela nossa Seleção para as nossas empresas, para as nossas escolas, para os nossos partidos políticos, para os nossos ministérios, para o nosso dia-a-dia e tirarmos o nosso país do marasmo económico e cultural em que se encontra.
Todos juntos. Cada um no seu local de trabalho.  Seja na escola, na fábrica, no hospital, no centro de saúde, no restaurante, no hotel…Em qualquer posto de trabalho. O que é importante é que cada um tenha em mente colocá-lo entre os melhores do mundo. 
Seja qual for o local do nosso trabalho. Seja qual  for o  nosso trabalho, trabalhemos com um sentimento de união, sem pensarmos no que cada um receberá agora; mas pensando no País que poderemos e queremos construir para todos; para os nossos filhos e para os nossos netos. Trabalhemos como se todos estivéssemos a trabalhar para cada um de nós, e não cada um a pensar que está a trabalhar para o outro. Se o país for rico, educado, desenvolvido, todos seremos beneficiários dessa riqueza, desse crescimento. Não é com greves nas empresas, nas escolas, nos hospitais, e por ai fora, que as condições económicas, sociais, educacionais, de saúde, e todas as que possamos imaginar, melhorarão. As greves, numa época de economia tão precária e de globalização, em que somos invadidos por produtos vindos de fora, muito mais baratos, enfraquecem o poder da nossa  economia, das nossas empresas e, quantas vezes, levam-nas à falência. E se é uma grande empresa estrangeira, fecha. Simplesmente. Como, aliás, tem acontecido. E seremos mais uns tantos a ir para o Fundo de Desemprego. E seremos cada vez menos a produzir fundos para o Fundo de Desemprego, para a Segurança Social, para o Fundo de Pensões...
Uma empresa que vai à falência arrasta consigo outra e outra e outras: empresas fornecedoras, que deixarão de receber o pagamento dos seus fornecimentos e, consequentemente, acabarão também por falir. E a corrente no Fundo de Desemprego engrossa…
E é assim que o tecido económico e, por arrastamento, o tecido social, o tecido educacional, e por ai fora, se vão deteriorando cada vez mais.
Demos as mãos. Todos. Todos sabemos que há reformas que precisam de ser feitas, deixemos que o Governo as faça. E os partidos políticos têm muito a fazer nesse campo.
Em momentos de crise não pode, não deve haver opções partidárias; deve haver opções nacionais. Juntem-se os melhores de cada partido com o Governo e colaborem nas reformas que precisam de ser feitas. Esqueçam que são do PS, PSD, CDS, PC, BE, Verdes… Sejam Portugueses!
Única e simplesmente, sejam Portugueses!
E a Comunicação Social tem muito a fazer também:
Se o Governo não age com honestidade, com responsabilidade, denuncie. Denuncie os corruptos. Denuncie todos aqueles que ocupem lugares de poder, pagos por todos nós, e que se aproveitem deles em benefício próprio. Denuncie, mas seja correta e responsável ao fazê-lo: em muitos casos, nas suas mãos está a guerra ou a paz.
E também os dirigentes Sindicais.
Também eles têm aqui grande responsabilidade e grande poder (o poder exercido com honestidade, traz grande responsabilidade), alertando os seus associados para o perigo atual das greves e de determinadas reivindicações.
Vamos criar riqueza com todas as forças vigilantes e unidas no mesmo objetivo. Depois exijamos o direito de usufruirmos dela com equidade.
Jeracina Gonçalves
Barcelos/POrtugal

terça-feira, julho 04, 2006

A MENTIRA

“Horácio, um rapaz de 14 anos, pastor, gostava de brincar com a solidariedade e os bons sentimentos dos aldeões e, quando lhe dava na realíssima gana, gritava por socorro, dizendo que andava lobo a atacar-lhe o rebanho, e fazia com que os camponeses deixassem os seus trabalhos e corressem para lhe acudir. Depois ria-se deles. Gozava-os sem o menor pudor, nem respeito pelos seus bons sentimentos, nem pela solidariedade que lhe demonstravam.
Até que um dia o lobo chegou.
Pediu auxílio, mas já ninguém acorreu ao seu apelo.
Ninguém acreditou na veracidade do seu pedido de ajuda e teve de se defender, e ao rebanho, do lobo, sozinho, não conseguindo evitar que este lhe levasse o melhor cordeiro.”
É uma história antiga. Vinha no meu livro da 4ª classe.
A meu ver, ilustra bem as consequências da mentira para quem a pratica, e o sentido da mesma em relação ao outro, àquele que a sofre.
A mentira é falsidade, é traição, é desrespeito... É desconsideração pelo outro.
A mentira denuncia o mau carácter e os baixos sentimentos de quem dela se utiliza.
O mentiroso engana, trafulha, ofende.
O mentiroso é um cobarde. É um traidor. Atraiçoa a confiança que o outro nele deposita. Induz o outro em erro.
Confesso que lido pessimamente com a mentira (seja de que tipo for), e com o mentiroso.
Mas, infelizmente, cada vez mais faz parte do quotidiano das sociedades contemporâneas.
Entrou na corrente do dia-a-dia da vida. Usa-se e abusa-se dela: é a mentira inocente, a mentira piedosa, a mentira social…
Tudo expressões para desculpabilizar a mentira.
E mente-se nos negócios, mente-se no amor, mente-se nas relações sociais…
Aldraba-se, ludibria-se, ilude-se… e, tudo isto, muitas vezes, sob a bandeira da boa educação.
A mentira é mentira. E seja qual for o tipo de relação em que entre, mina, destrói e mata, mais cedo ou mais tarde,  qualquer relação: seja de amor, seja de amizade, seja de negócios...
Nenhuma relação resistirá, durante muito tempo, em meu entender, num ambiente de mentira.
A hipocrisia, a dissimulação, o disfarce assentaram arraiais, onde devia haver lealdade, franqueza, honestidade, verdade, que são, a meu ver, os pilares básicos de uma sociedade coesa, forte e dinâmica.
JGonçalves
Barcelos/Portugal