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segunda-feira, outubro 27, 2014

COFRES DA LUZ DO TEU OLHAR


São da cor da Primavera a terra, o céu e o mar
Quando brilha nos teus olhos a luz que me faz vibrar.
E o meu coração, a pulsar, qual pluma solta ao vento,
Voeja pelo espaço, sem terra, sem céu e sem mar.

Nos meus olhos brilha a luz, que brilha no teu olhar.

Os meus olhos são os cofres da luz do teu olhar.
Guardam pérolas, guardam ágatas, turmalinas e rubis
Guardam o brilho do sol-poente a incidir sobre o mar
Guardam o alvor das auroras, dos poentes… o matiz.

Nos meus olhos brilha a luz, que brilha no teu olhar.

Os meus olhos são os cofres da luz do teu olhar
Sempre que teu olhar em meu olhar descansar.
E o meu coração a pulsar, qual pluma solta ao vento,
Voeja pelo espaço, sem terra, sem céu e sem mar.

Nos meus olhos, brilha a luz, que brilha no teu olhar.

Jeracina Gonçalves

sábado, outubro 11, 2014

ENTRE A SERRA E O MAR


Nos braços da falésia rochosa e dura
o oiro da serra abraça o azul do mar
determinado a contornar
pregas e contra pregas da falésia irregular;

Pela janela aberta, do automóvel, a circular
entra oiro da serra abraçado ao azul do mar
e traz à minha alma esta ânsia firme e pura
de tu seres a serra, a rocha dura, e eu ser o mar.

                                               Jeracina Gonçalves - Barcelos/Portugal

segunda-feira, outubro 06, 2014

ESCREVER…


É deixar a minha alma escorrer livremente,
Em gotículas cristalinas de cores, cheiros e sabores,
Sorrisos, lágrimas e dores, fechados no meu coração,
Sobre o corpo desnudado do ecrã do monitor;
É deixar o coração solto, deixar o coração voar...
Soltá-lo nas asas do vento até onde possa chegar;
É soltar a imaginação e em suas asas voar.
Nas asas da imaginação todo o mundo conquistar
Sem limites na distância, nos caminhos a percorrer;
É buscar outros mundos no mundo, sem temor ou contrição;
É no mesmo abraço abraçar e fazer a união
De todas as suas cores, cheiros, luzes e sabores,
Sorrisos, lágrimas e dores, e tudo o mais que encontrar;
É lançar o meu sentir, é lançar o meu pensar
Sobre a fria página virgem aberta sob o meu olhar;
É olhar quatro paredes com os olhos da Primavera;
É voar através delas sem grilhetas da razão;
É dar o passo à imaginação; é dar voz ao coração…
E é soltar as amarras que me prendem junto ao chão.

Jeracina Gonçalves
Setembro/2014