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sábado, fevereiro 28, 2015

PRECISO DE SONHO


Preciso de flores. Preciso de sonho.
Preciso de campos largos e floridos
por onde corre a vida da planta a florescer
da semente a germinar
da água límpida a correr e a cantar
que embriaga minha alma e abrilhanta meu olhar!

Preciso de flores. Preciso de sonho
Preciso de evasão desta realidade crua que me tece a vida
neste tempo, que o tempo esquece
e as flores, sem calor, sem  ar, sem humidade
que lhes sustentem a vida
que façam a  seiva circular-lhes ao longo dos vasos
as façam abrir seus sorrisos de luz
adormeceram esquecidas nos vãos da janela do sonho

Preciso de flores. Preciso de sonho.
Preciso de sonho que me abra o caminho para o sol
Preciso de sonho que m'ilumine esta noite escura
que me tranca a capacidade de sonhar.
Jeracina Gonçalves

domingo, fevereiro 22, 2015

CORRENTE PARTIDA


O sol bate na janela do meu quarto
Mas o meu coração solitário não sente o seu calor.
Está triste, está sozinho
Sem que possa com outro repartir a sua dor.
A dor desta corrente partida
Que leva da minha alma a vida.
A dor desta corrente partida
Na distância do abismo que me sufoca
E no vedante estanque que corta a ligação.

O sol bate na janela do meu quarto
Mas o meu coração sente o frio da solidão
Nesta ausência de ti
Na distância do abismo que corta a ligação.

Jeracina Gonçalves
22/02/2015

domingo, fevereiro 15, 2015

FLOR DE GEADA

"Ela é tão bonita como rara. 
Uma “flor de geada” forma-se no outono ou no início de uma manhã de inverno, quando o gelo, em camadas extremamente finas, é empurrado para fora do caule das plantas ou, ocasionalmente, da madeira. ...."

CHEGOU-ME AGORA POR MAIL. NÃO CONHECIA, NEM NUNCA TINHA OUVIDO  FALAR DESTE FENÓMENO DA NATUREZA. É LINDA!

sábado, fevereiro 14, 2015

SERVIÇO DE SAÚDE E DINHEIRO


Nem sempre para melhorar os cuidados de Saúde e o Bem-Estar do doente é preciso dinheiro. Às vezes basta uma simples escala horária nas convocatórias para exames e consultas, melhoraria consideravelmente o bem-estar e a saúde física e psíquica do doente e da pessoa que terá de acompanhá-lo, quando não é autónomo, e também ajudaria a rentabilizar os recursos económicos do Pais.
Se as pessoas não podem ser atendidas todas ao mesmo tempo, por que precisam de ser convocadas todas à mesma hora, obrigando-as a levantarem-se cedo, sujeitando-as depois ao stress de horas e horas de espera, o que provoca enorme desgaste físico, tanto no doente como nos familiares que tenham de acompanhá-lo, que, muitas vezes, tiveram de faltar ao trabalho deixando de produzir riqueza para o Pais. E, a juntar a tudo isso,  prendem-se as Ambulâncias contratadas para o transporte  - quando os doentes são de longe e têm de ser transportados em ambulância -, que poderão fazer falta no transporte de outros doentes, ficando presas horas e horas, porque o doente foi convocado para as oito e é atendido ao meio-dia.
Enfim! Uma série de desperdícios para a economia e muito desconforto para o doente e seus familiares, que poderiam ser evitados com uma simples escala horária, convocando-se para mais cedo os que vivem mais perto e, os outros, sucessivamente. Tendo em conta a distância que medeia entre o local onde o doente vive e o Hospital que o convoca melhorar-se-ia consideravelmente a qualidade do Sistema de Saúde e o bem-estar dos doentes, não os obrigando a grandes espaços de espera. E ajudaria a promover a médio e a longo prazo a Saúde Psíquica e, por arrastamento, a Saúde Física - já que uma arrasta a outra - do País. 
A  curto prazo, contribuiria para melhorar a saúde física e mental do próprio doente.
É apenas uma questão de organização. E tudo melhoraria consideravelmente. E o doente sentiria ser visto com o respeito a que,  como Ser Humano, tem direito.
Tão simples…
13/02/2015
Jeracina Gonçalves

sábado, fevereiro 07, 2015

ÁRVORE FERIDA

A árvore dolente, magoada, ferida
Amarfanhada em seu cerne, em seu âmago
Sente a infâmia da ingratidão em seu redor
Rói-lhe o cerne
Rói-lhe a força que a faz dar-se
E multiplicar-se numa entrega total de si
Num ato enraizado de incondicional amor.

Cerceada de seus ramos
Magoada em seu cerne
A árvore chora, sangra, definha
Sob a névoa carregada a crescer em seu redor
A árvore estiola de tristeza, de solidão e de dor.

Injustiçada, fragilizada na sua força vital
Submete-se às intempéries de gélido inverno:
Congela-lhe a seiva,  furta-lhe o ato de respirar.
E a árvore deixa-se exaurir da força do Amor
Que dela foi suporte, esteio, escora forte
Que a todos escorou e de todos foi suporte.
Jeracina Gonçalves
06/02/2015