Pesquisar neste blogue

sexta-feira, junho 26, 2015

APROXIMAM-SE AS FÉRIAS


Aproximam-se as férias de Verão (Já  chegaram  para alguns) e, com elas as viagens, os passeios pelas matas, os piqueniques, as idas à praia, o campismo... Enfim, todas as maravilhosas e saudáveis actividades que se podem praticar no Verão, em contacto com a Natureza.  A vida ao ar livre com todos os benefícios que nos traz à saúde do corpo e do espírito, nos retempera as forças depauperadas por um ano de trabalho para, depois, recomeçarmos um novo ano em boas  condições físicas e mentais e darmos todo  o rendimento possível nas tarefas que tenhamos de desempenhar.
Todos temos o "dever" - porque é um dever proporcionarmos ao nosso corpo e ao nosso espírito as condições para que se mantenham saudáveis - de usufruir dos bens que a Natureza nos proporciona. Mas há que fazê-lo com responsabilidade, com civismo,  com respeito pelos outros e pelo ambiente.
"A minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro." Eis a máxima que cada um de nós deve interiorizar  e dela fazer bandeira. Fazer dela o  lema regente do nosso comportamento no quotidiano da nossa existência. 
É tão agradável saborear uma deliciosa merenda à sombra amiga das árvores frondosas de qualquer mata, ou sob o abrigo protector de um toldo, olhando o mar, ouvindo, sentindo, cheirando o mar, o vaivém e o marulhar das suas ondas, na companhia de amigos e de familiares, num cálido dia de Verão! Porém, esses lugares – campo ou praia - depois de os deixarmos, que fiquem tão limpos e cuidados como se ali não tivesse estado ninguém: nem papéis, nem ossos, nem plásticos, nem latas, nem garrafas... Nada deverá ficar a macular esses espaços, contribuindo para a deterioração do meio ambiente e, por conseguinte, para a destruição da Natureza. Todos os detritos deverão ser metidos em sacos plásticos e trazidos para o contentor do lixo. Custa tão pouco e manteremos esses lugares limpos, proporcionando  aos que os ocupem  depois  de nós, o mesmo prazer que nós proporcionaram.  
É deprimente passearmos pela mata ou pela praia e encontrarmos espalhados pelo chão toda a espécie de resíduos, dando a conhecer o baixo nível, a falta de civismo e de respeito pelo seu semelhante das pessoas  que utilizaram esses espaços. Um ambiente limpo e saudável é um bem e um  direito que pertence a cada um de  nós, e todos temos o dever de contribuir para  que esse bem se mantenha em perfeitas condições.
Cuidado com os incêndios! A ponta de um cigarro mal apagada, um caco de vidro que ficou na mata exposto aos raios ardentes do sol de Verão, uma fogueira que se fez e que não se apagou  convenientemente… São “pequenos descuidos” que podem dar início a incêndios de proporções incalculáveis, com grandes prejuízos tanto para a vida vegetal, como para a vida animal, proporcionando também enorme  poluição do ar, sem esquecermos o enorme peso que os incêndios têm na economia do País.
Portugal era um país maravilhoso,  coberto por extensas florestas muito verdes, de árvores majestosas; e, apesar de continuar um país muito bonito,  perdeu alguns dos seus encantos e muita da sua riqueza com os inúmeros incêndios que o têm assolado desde há alguns anos.  A serra do Marão, a do Gerês, a de Sintra... e tantas outras, que foram povoadas por grandes florestas, são agora cobertas por uma vegetação rasteira, a maior parte composta de tojos, giesta, carquejas, urzes e, pouco mais. As majestosas árvores que as vestiam desapareceram devoradas por incêndios devastadores, dos quais, muitos poderão ter sido provocados por pequenos descuidos.
Cuidado! A floresta é  património da Humanidade. É o nosso escudo.  Determina a nossa qualidade de vida. Determina a qualidade do ar que respiramos. Se matarmos a floresta a nossa vida corre perigo. A vida Humana, a vida na Terra corre o perigo de extinção.
Vivamos as nossas férias de Verão com alegria e descontracção, mas também com responsabilidade e respeito por nós, pelos outros e pelo meio ambiente.
Jeracina Gonçalves

PS: Este  texto foi  escrito há muitos anos e publicado no jornal  da minha escola “RUA  DA IMAGINAÇÃO”.  
Parece-me um tema  sempre actual. Resolvi publicá-lo de  novo. JG

segunda-feira, junho 15, 2015

ROSAS VERMELHAS


Quisera que a vida fosse feita de rosas vermelhas.
A vida trocou-me as voltas.
Bordou o meu caminho de seixos e pedras soltas
entre renques de alecrim, de tojos e de giestas.
Rosas? Nem sequer vê-las!
Vermelhas, ou amarelas.

Jeracina Gonçalves
28/02/15

quinta-feira, junho 04, 2015

Preciso de luz

A escuridão escorre por entre os dedos das árvores 
Cai direta no meu coração desejoso da carícia luminosa da luz.
A luz, que ilumine os cantos escuros
Que, pouco a pouco, tomam espaço do meu  coração.
Mas não.
Não vejo réstia de sol, luz de alvorada, luz de luar…
Nada, para o meu coração iluminar.
Só as nuvens crescem
Só nuvens densas teimam em acumular-se sobre o meu horizonte
Só a escuridão se estende e adensa sobre a vastidão do meu mar.
Preciso de uma aragem pura, benfazeja,
Que enxote as nuvens do meu céu e as faça navegar
Quais pétalas de tule branco levadas no vento pelo espaço a vogar.
Preciso de luz! Luz para meu coração iluminar!
Jeracina Gonçalves

23/05/2015