A visão é uma janela
Do mundo para o coração
E do coração para o mundo.
A beleza entra por ela
Mas, a torpeza... também.
E por essa janela aberta
Sai alegria ou tristeza
Sai amor, sai emoção
Sai ódio, sai frieza...
Conforme aquilo que entrou
E foi enchendo o coração.
Olho o mundo à minha volta:
Vejo a majestade das serras,
A calma verdejante dos prados,
A imensidade azul do mar,
A cor luxuriante das flores,
O azul límpido do céu,
A água cristalina
Que num ribeiro da serra
Saltita de pedra em pedra...
Vejo além, naquele silvado,
A mãe passarinho, atenta,
O seu ninho a construir;
E aqui, junto de mim,
A borboleta multicolor,
Mas de uma beleza efémera,
Pousa de flor em flor...
Ali, mais adiante,
A abelhinha incansável,
Pousa aqui... pousa acolá...
E o pólen vai colhendo
Das lindas flores silvestres;
Nas patas o vai levando
Com suavidade e fervor
Para os favos construir
E, de mel, a colmeia encher.
Além, do outro lado,
Por entre as árvores frondosas
Do parque, bem verdejante,
Brincam crianças felizes:
Saltam, correm, riem, jogam...
E nos bancos do jardim,
Situados junto ao lago,
Os casais de namorados
Dizem palavras de amor
E trocam abraços sem fim.
E os meus olhos que são
Janela aberta para o mundo
Reflectem a emoção
Que esta beleza infinda
Produz em meu coração.
Olho noutra direcção:
As matas estão queimadas,
As casas arrasadas,
Há crianças esfarrapadas, chorosas, esfaimadas...
Vejo droga!... Prostituição!...
Há lutas!
Há guerras!
Vejo pais que maltratam filhos,
Filhos que maltratam pais...
E os meus olhos que são
Janela aberta para o mundo
Reflectem a dor, a tristeza, a raiva...
O medo e a solidão
Que enchem meu coração.
Se sou agredida, injuriada, ferida...
Tratada com injustiça?
Então...
Os meus olhos que são
Janela aberta para o mundo
Reflectem a raiva, o ódio profundo
Que invade o meu coração.
A visão é uma janela
Da vida para o coração
E do coração...para o mundo.
Do mundo para o coração
E do coração para o mundo.
A beleza entra por ela
Mas, a torpeza... também.
E por essa janela aberta
Sai alegria ou tristeza
Sai amor, sai emoção
Sai ódio, sai frieza...
Conforme aquilo que entrou
E foi enchendo o coração.
Olho o mundo à minha volta:
Vejo a majestade das serras,
A calma verdejante dos prados,
A imensidade azul do mar,
A cor luxuriante das flores,
O azul límpido do céu,
A água cristalina
Que num ribeiro da serra
Saltita de pedra em pedra...
Vejo além, naquele silvado,
A mãe passarinho, atenta,
O seu ninho a construir;
E aqui, junto de mim,
A borboleta multicolor,
Mas de uma beleza efémera,
Pousa de flor em flor...
Ali, mais adiante,
A abelhinha incansável,
Pousa aqui... pousa acolá...
E o pólen vai colhendo
Das lindas flores silvestres;
Nas patas o vai levando
Com suavidade e fervor
Para os favos construir
E, de mel, a colmeia encher.
Além, do outro lado,
Por entre as árvores frondosas
Do parque, bem verdejante,
Brincam crianças felizes:
Saltam, correm, riem, jogam...
E nos bancos do jardim,
Situados junto ao lago,
Os casais de namorados
Dizem palavras de amor
E trocam abraços sem fim.
E os meus olhos que são
Janela aberta para o mundo
Reflectem a emoção
Que esta beleza infinda
Produz em meu coração.
Olho noutra direcção:
As matas estão queimadas,
As casas arrasadas,
Há crianças esfarrapadas, chorosas, esfaimadas...
Vejo droga!... Prostituição!...
Há lutas!
Há guerras!
Vejo pais que maltratam filhos,
Filhos que maltratam pais...
E os meus olhos que são
Janela aberta para o mundo
Reflectem a dor, a tristeza, a raiva...
O medo e a solidão
Que enchem meu coração.
Se sou agredida, injuriada, ferida...
Tratada com injustiça?
Então...
Os meus olhos que são
Janela aberta para o mundo
Reflectem a raiva, o ódio profundo
Que invade o meu coração.
A visão é uma janela
Da vida para o coração
E do coração...para o mundo.
Jeracina Gonçalves
Barcelos/Portugal
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