Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pelos muitos milhares de
portugueses sem emprego, já sem dinheiro para comerem, muitos a viverem na
miséria e, muitos outros, a sobrecarregarem as parcas reformas (cada vez mais
parcas) dos seus progenitores;
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pelos milhares de
portugueses velhos, doentes, com reformas de miséria, sem dinheiro para os
medicamentos de que precisam, nem para pagarem quem os cuide, a morreram ao
abandono;
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pelos jovens à procura
de um emprego, que os torne úteis e produtivos para a sociedade e, não o
encontrando, desocupados, enveredam pelos caminhos do crime ou deixam-se
agarrar por vícios destrutivos para si e para a sociedade;
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pelos jovens licenciados
que têm de partir no fim do seu curso, para poderem trabalhar, e, assim, enriquecem
os países que os acolhem, perdendo o meu Pais o que neles investiu;
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pela insensibilidade, pela
ignorância, pela insensatez dos nossos governantes, que não entendem que a
Educação e a Saúde são a força de um Povo e, portanto, tudo é preciso fazer
para manter no Pais os quadros que saem das Universidades;
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pela insensibilidade, ignorância e
insensatez dos nossos governantes, que não entendem que trabalho é dignidade, dignidade
é caminho para a felicidade, felicidade é caminho para a saúde, logo a criação
de emprego será o melhor investimento;
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pela má gestão que os nossos governantes fazem da
coisa pública, dos dinheiros de todos nós, porque são dos nossos impostos e
deveriam ser utilizados em benefício de todos e não em carros de luxo, em comissões
disto e daquilo, que comem dinheiro e empatam os problemas, sem nada
resolverem;
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Lágrimas pelo desperdício de
milhões e milhões de euros, que deveriam ser utilizados para criar emprego,
melhorar as condições de Saúde e de Educação para todos os Portugueses, e são
desbaratadas em coisas supérfluas e na corrupção desenfreada que enferma a
coisa pública;
Lágrimas… Lágrimas… Lágrimas é o que o meu Pais, o Pais que
eu amo, me suscita desde algum tempo.
O nosso País precisa de Acção. Trabalho. União!
Jeracina Gonçalves
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