Esta afirmação postou-se perante o meu
coração e a minha mente e levou-me a olhar intensa e atentamente para dentro de
mim, numa introspeção refletida, e a colocá-la à ponderação deles (do meu
coração e da minha razão). E senti que a resposta me foi dada, inequivocamente,
quando, sentada em frente ao teclado do meu computador, foi crescendo em mim,
em letras grandes e brilhantes, a afirmação: «EU ACREDITO!».
Eu acredito, antes de tudo, em Deus.
Acredito em Deus como Força Universal e
Omnipotente - o Deus que a minha religião venera, com as Suas Três Pessoas
Distintas - Pai, Filho e Espírito Santo - unificadas numa só “DEUS”. Que, em
meu entender, é também Jeová, Alá… sei lá! DEUS!
Apenas DEUS. Venerado pelos diferentes Povos
que habitam a Terra com nomes diversos, conforme as religiões que professam,
mas, em meu entender, a mesma Força Divina, a mesma Força de Amor, de Luz
Criadora, que superintende esta obra sublime que é o Universo.
Por isso me doem e considero tão hediondos,
perversos e malignos os crimes que se praticam e se praticaram em nome de Deus,
e as guerras que hoje se travam e foram travadas ao longo dos séculos em Seu
nome.
Acredito na Força da Natureza (uma
manifestação desse mesmo Deus em que creio), que me emociona e me deslumbra com
a multiplicidade de seres, sons, cores, sabores e odores que a habitam, com a
sua beleza, a sua subtileza, a sua humildade, a sua harmonia, o seu
mistério:
A sementinha que, atirada à terra, germina,
procura a luz, cresce, floresce, frutifica e, de novo semente, recomeça o ciclo
de ser planta, flor, fruto, semente…; a ave e a diversidade e harmonia do seu
canto, do seu colorido, do seu jeito e forma; a beleza fugaz da borboleta
colorida pousando de flor em flor; a abelhinha e a harmonia da sua organização
social, vivendo em comunidade no interior da colmeia, cada qual a desempenhar a
sua função para que a colmeia funcione e produza a cera e o saboroso e
medicinal mel que nos oferece; o riacho e o seu ziguezaguear pela montanha,
contornando os obstáculos que se lhe oferecem e, sem se deixar intimidar,
continua permanentemente a sua caminhada; o rio que se espraia na planície; a
cascata a saltar do alto do rochedo; o esplendor do oceano – arca da Humanidade
- sob os raios refulgente dessa luz criadora e vital, que nos aquece e ilumina
e nos encanta com a sua beleza ao elevar-se no horizonte todas as manhãs e,
aquando da sua despedida, espraiando lentamente os seus cabelos dourados
sobre a superfície do mar, ou jogando ao esconde-esconde por detrás da montanha
ao fim do dia; mas essa sua força que me encanta, também me atemoriza, quando
grita a sua raiva destruidora e aniquila quanto se encontra na área abrangida
pela fúria que a domina, manifestando assim a sua «revolta» pelo tratamento
que, nós, seus seres “inteligentes”, lhe dispensamos.
Acredito na Verdade, no Amor, na Justiça, na
Lealdade, no Respeito pelo outro, seja qual for a religião, a raça, a cor, a
organização política, ou o lugar que ocupa na Sociedade ou no Mundo, como
valores essenciais a uma vivência de Paz, seja na família, no emprego, na
sociedade, assim como entre os países e nações.
Acredito no respeito mútuo, como motor de
valorização, crescimento, paz coletiva e enriquecimento social.
Acredito na força do trabalho, como caminho
para o crescimento e bem-estar individuais, coletivos, económicos e sociais.
Acredito na força do Ser Humano e na sua
capacidade de criar, de transformar, de edificar, de alterar, de ultrapassar e de
vencer; acredito na sua capacidade de regeneração, de receber e dar Amor,
apesar dos inúmeros exemplos de violência que todos os dias nos entram pelas
portas e janelas, através da televisão, da rádio, da imprensa escrita, do «boca
a boca»; acredito na sua capacidade para ir além dos seus limites e ultrapassar
as situações mais adversas, transformando a adversidade em coragem e força interior;
acredito na sua capacidade para gerir a adversidade, transformando-a em força
vencedora e geradora de progresso. Acredito que não há situações
inultrapassáveis, e que por mais desesperada que seja uma situação, sempre
conseguiremos sair dela, se não deixarmos esmorecer a luz da esperança e, sem
desespero, mas com vontade e determinação, procurarmos o caminho da vitória.
Eu acredito no meu País. Eu acredito (Eu
quero acreditar!) na capacidade dos Governantes do meu País, para entenderem
que numa sociedade civilizada, numa sociedade que se quer de paz, o pão para a
boca é um elemento básico.
Acredito que tenham a CAPACIDADE, a HOMBRIDADE,
a FORÇA INTERIOR - princípios indispensáveis a quaisquer Governantes - e pensem
no Povo que governam (não só no povo que os elegeu, nem nos seus «governos»
pessoais, como nos sobram exemplos), e usem de JUSTIÇA e EQUIDADE na
distribuição dos sacrifícios que dizem ser necessários à solução dos problemas
que nos afligem, e que entendam que, com fome, a dignidade é difícil de manter
e será difícil estabelecer limites à turbulência e ao crime.
EU ACREDITO EM PORTUGAL!
EU ACREDITO NOS PORTUGUESES!
«in» Barcellano /Dezembro 2012
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