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quarta-feira, dezembro 17, 2014

À DERIVA

Sou como um barco à deriva
Neste mar encapelado.
Vogo ao sabor da corrente
Imposta pelo meu coração.
Para onde vou, não sei.
Ravinas e agrestes vertentes
A esmo, em meu redor,
Conduzem-me a lugar incerto...
Não tem caminho ou carreiro
Sentido... orientação...
Para onde vou, não sei.
Neste mar encapelado
Procuro porto, guarida
Mar quieto, calmaria,
Cais, onde meu costado atracar.
Jeracina Gonçalves


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