A sala está vazia
fria
entre as quatro paredes brancas
desmaiadas
rasgadas por duas janelas quadradas
e uma porta.
Pela porta chegam-me vozes…
Vozes indistintas.
Vozes trazidas do tempo da memória.
Multiplicam-se… Crescem…
Enchem de sons aquela sala vazia
De paredes desmaiadas.
Enchem-na da sã alegria
De risos e gargalhadas
De vozes que se atrapalham…
E todo o encanto d’outrora
Enche aquela sala vazia
De paredes desmaiadas
Tão cheia e aconchegada
Guardada no meu coração
Dos tempos que já não são
Trazidos à minha memória.
E aquela sala vazia
De paredes desmaiadas
Aquece o meu coração.
Jeracina
Gonçalves
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