Se a vida nos dá a capacidade de nos
deslumbrarmos com o que a natureza nos oferece, julgo que nada mais falta para
termos Paz no coração e, consequentemente, uma sensação de plenitude a
encher-nos a alma, que se aproxima do sentimento que poderemos chamar de
felicidade. E eu sinto essa capacidade de me deslumbrar com as coisas simples e
genuinamente belas que Deus colocou em volta de mim: o germinar de uma semente,
o desabrochar de uma flor, a melodia de uma pequena cascata a despenhar-se
sobre o lago transparente, a beleza de um campo atapetado de plantinhas
acabadas de germinar, muito verdes e tenras, ou de humildes e belas flores
silvestres vermelhas, brancas, amarelas, roxas..., a música dos pássaros que
todos os dias harmoniza o meu despertar (faz-se agora ouvir para lá da
janela à esquerda da secretária a que me sento, e acompanha o meu
pensamento neste caminhar sobre o ecrã do meu computador), o riacho que
desce da montanha aos sobressaltos por entre rochedos e pedregulhos e, cansado
de tanta luta, deixa-se espraiar, preguiçosamente, por entre a planura do vale e faz-se espelho límpido das aves que rasgam a tela do ar e do bailado dos
ramos da margem a dançarem ao ritmo da brisa…
A Natureza pura, selvagem, espontânea,
inocente, tem o poder de me encantar e de me fazer esquecer os factos menos
positivos que, às vezes, atravessam a minha vida.21-06-2016
Jeracina Gonçalves
Sem comentários:
Enviar um comentário