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terça-feira, junho 21, 2016

AO DISCORRER DO PENSAMENTO


Se a vida nos dá a capacidade de nos deslumbrarmos com o que a natureza nos oferece, julgo que nada mais falta para termos Paz no coração e, consequentemente, uma sensação de plenitude a encher-nos a alma, que se aproxima do sentimento que poderemos chamar de felicidade. E eu sinto essa capacidade de me deslumbrar com as coisas simples e genuinamente belas que Deus colocou em volta de mim: o germinar de uma semente, o desabrochar de uma flor, a melodia de uma pequena cascata a despenhar-se sobre o lago transparente, a beleza de um campo atapetado de plantinhas acabadas de germinar, muito verdes e tenras, ou de humildes e belas flores silvestres vermelhas, brancas, amarelas, roxas..., a música dos pássaros que todos os dias harmoniza o meu despertar (faz-se agora ouvir para lá da janela à esquerda da secretária a que me sento, e acompanha o  meu pensamento neste caminhar sobre o ecrã do meu computador), o riacho que desce da montanha aos sobressaltos por entre rochedos e pedregulhos e, cansado de tanta luta, deixa-se espraiar, preguiçosamente, por entre a planura do vale e faz-se espelho límpido das aves que rasgam a tela do ar e do bailado dos ramos da margem a dançarem ao ritmo da brisa…
A Natureza pura, selvagem, espontânea, inocente, tem o poder de me encantar e de me fazer esquecer os factos menos positivos que, às vezes, atravessam a minha vida.
21-06-2016
Jeracina Gonçalves

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