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sábado, abril 07, 2018


Hoje o meu  coração está triste. Amachucado. Sangra.
Duas pessoas queridas partiram para sempre. Deixaram nele um buraco fundo a gotejar tristeza e solidão. 
Ambos doentes há tempos, com doenças graves, era este  o desfecho esperado, mas que nunca se espera verdadeiramente.  É sempre um choque, uma dor profunda que nos atinge.
Cheguei há pouco do funeral de um: amigo de longa data, embora ultimamente, por circunstâncias impostas pela  vida, não nos víssemos muito, e recebi, de seguida, a notícia da partida de uma amiga de longa data também. E assim vamos perdendo pedaços do todo que somos. Cada amigo ou amiga que parte leva um pouquinho de nós. 


...O PRINCIPIO OU O FIM?


A vida e a morte caminham unidas.
São os extremos opostos do fio
que adivinho tão ténue, tão frágil
Do fio que é a vida!
A morte é da vida fatal destino.

Rio, choro, zango-me, brinco

Mas que sou eu?
Por que estou aqui?
A morte está ali, à espreita, pronta a
saltar-me, a agarrar-me
Que importa o que eu quero?
Que importa o que eu sinto?

Num minuto vivo, feliz, sorridente
entre os amigos e entes queridos.
No outro... não estou. Para sempre parti.
Que sou eu, afinal? Por que estou aqui?
Que imenso poder comanda meu ser
que assim me governa e é dono de mim?!
A morte é da vida um princípio
Ou é o fim?!                    

                                                                    
Jeracina Gonçalves
Barcelos/Portugal, 07/04/2018





 




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