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sábado, maio 11, 2019

Na gaveta dos meus afectos fui encontrar este poema, que me traz à memória momentos bonitos da minha vida de Professora. Aqui o deixo. Leiam-no, apreciem-no, dêem a vossa opinião.


O INTERVALO


Terrim...terrim...terrim...
É a campainha que toca
O intervalo bate à porta;
Toda a criançada
Corre, bem animada,
Para o recreio brincar.
-Vamos correr e saltar
Prá cabeça descansar.

Terrim... terrim... terrim...
O intervalo findou
O recreio terminou.
-Vamos à sala regressar.
 A professora nos espera.
Vai ouvir, com atenção,
Dos jogos, a descrição,
E também a reclamação:

"Houve batota!
O árbitro foi incorrecto.
Não foi justo na aplicação
De tão rigorosa sanção.
Aquela canelada foi sem querer,
Não foi pensada,
Não mereceu tão pesada punição!"

-Cuidado! O árbitro é, no jogo,
Autoridade que deves respeitar.
É um homem. E, como tal,
Nem tudo pode ver…
Também pode falhar.
Não o deves condenar.

E agora, meus meninos,
Já são horas de acalmar
E o trabalho recomeçar.
A aula continua
Até o meio-dia chegar.
Jeracina Gonçalves
Barcelos/Portugal

 

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