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domingo, dezembro 21, 2025

 Com entrada livre, a exposição vai ficar patente até 21 de março de 2026. As portas abrem, durante a semana, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30. Aos sábados, as visitas poderão decorrer das 15h00 às 18h00.

A autorrepresentação e o motivo da mulher-planta são temas dominantes nas obras de Graça Sarsfield. (Foto: DR)

Sobre Graça Sarsfield

Nasceu em 1947 na cidade do Porto, onde vive e trabalha. Frequentou o  curso superior de Fotografia na Cooperativa Artística Árvore (atual  ESAP). Foi bolseira da Secretaria de Estado da Cultura para a Polytechnic of Central London (PCL) – PCL Londres, em 1986, tendo iniciado, nesse  ano, atividade expositiva. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian no Centro Americano de Paris, França (Photography Studies in France), tendo tendo obtido também uma bolsa da Fundação Oriente para desenvolvimento de um projeto fotográfico na Índia.

Participou em exposições individuais e coletivas ao longo dos anos e está representada em várias coleções institucionais – Centro de Arte  Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação PLMJ, Novo Banco,  Câmara Municipal de Lisboa e coleções particulares. Foi coautora do  livro Vozes e Olhares no Feminino (Retratos de Escritoras), das Edições Afrontamento, publicado no âmbito da Porto Capital Europeia da Cultura 2001. Em 2023, o Livro de Artista intitulado ISTO Sou Eu foi mostrado na Galeria Nuno Centeno.

Em 2025, expôs SOPRO no Museu de História Natural e Ciência de Lisboa. Participou igualmente em inúmeras exposições coletivas. Tem obra  publicada em vários jornais e revistas portuguesas e estrangeiras.

A obra de Graça Sarsfield encontra-se representada nas coleções AFCA, Museu da Imagem de Braga, Coleção Serpa – Auto-Retratos de Artistas Contemporâneos, PLMJ, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal do  Porto – e em inúmeras coleções particulares. 

                                                                                                                     Fonte: Notícias U.Porto 

                                                                                                                     por Jeracina Gonçalves

 

ASSIM VAI A TERRA

 

A metralha risca o céu de lado pra lado

o sangue tinge a terra de carmim

nessa contenda idosa e nunca sanada,

as armas, porém, são desequilibradas.

 

“O homem tenta segurar a mulher

A mulher tenta segurar o filho

Só as cabeças emergem das águas revoltas”

O medo e a fome os impeliu à evasão

A esperança os conduz e lhe dá coragem

Buscam um lugar para o filho crescer

Livremente viver em paz e com pão

E, tantas vezes, o mar se faz seu caixão.

 

“Pelo mato seis dias só água bebemos.”

Fogem da fúria assassina de abutres

sôfregos de cobiça do que a terra esconde.

Deixam as casas, os bens, os seus ninhos de amor

sua ninhada é dispersa e destroçada

levada por abutres traidores da terra amada.

Assim vai a Terra

Este planeta azul, que a todos abraça

Mas não abraça a todos com igual verdade.

 

De norte a sul, de este a oeste,

a ganância se faz guerra, fome, dor, mortalha.

Pega e desfaz o que em seu trilho acontece

Propaga mais fome, mais dor, mais morte.

 

Senhor

Põe cobro nesta avidez,

Neste despotismo predador.

Que todos possam entender

Todos podemos em paz viver

Se entre todos houver

Respeito, equidade e AMOR.

Jeracina Gonçalves

                                                                     Barcelos/Portugal