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domingo, julho 09, 2006

UTOPIA?... TALVEZ…


Portugal é o quarto melhor do mundo em futebol. E isso é bom.
Tudo o que der ao povo português um sentimento de orgulho nacional é bom. Precisamos dessa corrente de energia positiva, que nos ligue como força e eleve o ego nacional; mas precisamos de transportar o exemplo que nos foi dado pela nossa Seleção para as nossas empresas, para as nossas escolas, para os nossos partidos políticos, para os nossos ministérios, para o nosso dia-a-dia e tirarmos o nosso país do marasmo económico e cultural em que se encontra.
Todos juntos. Cada um no seu local de trabalho.  Seja na escola, na fábrica, no hospital, no centro de saúde, no restaurante, no hotel…Em qualquer posto de trabalho. O que é importante é que cada um tenha em mente colocá-lo entre os melhores do mundo. 
Seja qual for o local do nosso trabalho. Seja qual  for o  nosso trabalho, trabalhemos com um sentimento de união, sem pensarmos no que cada um receberá agora; mas pensando no País que poderemos e queremos construir para todos; para os nossos filhos e para os nossos netos. Trabalhemos como se todos estivéssemos a trabalhar para cada um de nós, e não cada um a pensar que está a trabalhar para o outro. Se o país for rico, educado, desenvolvido, todos seremos beneficiários dessa riqueza, desse crescimento. Não é com greves nas empresas, nas escolas, nos hospitais, e por ai fora, que as condições económicas, sociais, educacionais, de saúde, e todas as que possamos imaginar, melhorarão. As greves, numa época de economia tão precária e de globalização, em que somos invadidos por produtos vindos de fora, muito mais baratos, enfraquecem o poder da nossa  economia, das nossas empresas e, quantas vezes, levam-nas à falência. E se é uma grande empresa estrangeira, fecha. Simplesmente. Como, aliás, tem acontecido. E seremos mais uns tantos a ir para o Fundo de Desemprego. E seremos cada vez menos a produzir fundos para o Fundo de Desemprego, para a Segurança Social, para o Fundo de Pensões...
Uma empresa que vai à falência arrasta consigo outra e outra e outras: empresas fornecedoras, que deixarão de receber o pagamento dos seus fornecimentos e, consequentemente, acabarão também por falir. E a corrente no Fundo de Desemprego engrossa…
E é assim que o tecido económico e, por arrastamento, o tecido social, o tecido educacional, e por ai fora, se vão deteriorando cada vez mais.
Demos as mãos. Todos. Todos sabemos que há reformas que precisam de ser feitas, deixemos que o Governo as faça. E os partidos políticos têm muito a fazer nesse campo.
Em momentos de crise não pode, não deve haver opções partidárias; deve haver opções nacionais. Juntem-se os melhores de cada partido com o Governo e colaborem nas reformas que precisam de ser feitas. Esqueçam que são do PS, PSD, CDS, PC, BE, Verdes… Sejam Portugueses!
Única e simplesmente, sejam Portugueses!
E a Comunicação Social tem muito a fazer também:
Se o Governo não age com honestidade, com responsabilidade, denuncie. Denuncie os corruptos. Denuncie todos aqueles que ocupem lugares de poder, pagos por todos nós, e que se aproveitem deles em benefício próprio. Denuncie, mas seja correta e responsável ao fazê-lo: em muitos casos, nas suas mãos está a guerra ou a paz.
E também os dirigentes Sindicais.
Também eles têm aqui grande responsabilidade e grande poder (o poder exercido com honestidade, traz grande responsabilidade), alertando os seus associados para o perigo atual das greves e de determinadas reivindicações.
Vamos criar riqueza com todas as forças vigilantes e unidas no mesmo objetivo. Depois exijamos o direito de usufruirmos dela com equidade.
Jeracina Gonçalves
Barcelos/POrtugal

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