Risos crepitam, soltos, em cascata,
pelos ares…
– risos de criança
ceifam-se cachos de pérolas e rubis
dos corpos fecundados dos altares da esperança
doces ternuras
amores secretos
brandas esperanças em noites de luar…
risonhas auroras
vozes soltas, alegres
arremessadas à imensidão do ar
alegres, brejeiros e doces abraços
corações a cantar
éteres embriagantes
bafos quentes – mosto a fermentar
doce “Lágrima”, mel dourado
nas cubas e nos lagares.
Alto Douro Vinhateiro
esse manto verde trigueiro
salpicado de cores quentes
que veste agora teus altares
refulge, nas águas serenas
matizes resplandecentes de lava a crepitar
cambiantes de poentes…
O sol a morrer no mar.
Jeracina Gonçalves
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