É pétala de rosa no azul transparente.
A chuva não chega. A chuva não vem.
A terra queimada, exangue, sedenta
Clama por ela a todo o momento.
A nuvem, no céu, não ouve o clamor da terra sedenta.
É pétala de rosa no azul transparente;
Da terra não sente o apelo urgente.
A nuvem não cresce, não incha, não chora…
A chuva não chega. A chuva não vem.
A planta, sequiosa,
À terra gretada, exangue, sedenta
reclama sustento.
A terra não dá. A terra não tem…
Ao céu suplica suas lágrimas cadentes;
Suas lágrimas de vida, em fio, transparentes
Sobre seu corpo gretado, exangue carente.
A nuvem não cresce, não enche, não chora…
A chuva não chega. A chuva não vem.
A planta atrofia.
Na terra sedenta expira
Exaurida
Seu último alento.
Na terra sedenta expira
Exaurida
Seu último alento.
A nuvem não cresce, não enche, não chora…
A chuva não chega... A chuva não vem...
Jeracina Gonçalves - Barcelos/Portugal
Março/2012
Est poema é de 2012. Mas, infelizmente, em 2017 está bem atual.
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