A vida
actual é uma correria tão louca na ânsia de angariar bens materiais, que nos esquecemos
de dedicar alguns minutos do nosso tempo aos que estão por perto e precisam da
nossa atenção. E, se calhar, nem seria necessário muito tempo para
dar um beijo, um abraço, ou dizer uma palavra amável àqueles que sofrem a nossa
falta de atenção; mas, de tão obcecados que andamos com as coisas materiais, neste lufa-lufa constante, tantas vezes condicionado pelo consumismo, pela
“necessidade” de angariarmos mais e mais e mais para não ficarmos atrás dos
outros, nem nos apercebemos da solidão a que botamos os que nos são
próximos.
Para os de fora temos de manter a imagem. Há sempre tempo, esquecendo que a afectividade, a amizade, a solidariedade entre as pessoas nas relações familiares e, também de amizade, são o que há de mais importante na vida do Ser Humano. São o que lhe dá o Ser.
E esquecem-se os filhos, que cobrimos muitas vezes de coisas supérfluas e alienatórias da formação de uma personalidade forte, livre, justa, coerente, na tentativa de os compensarmos pela falta de tempo que lhes disponibilizamos. Quando, o que mais desejariam e do que mais precisavam para a sua formação como pessoas, seria de alguns minutos do nosso precioso tempo para brincarmos e conversarmos com eles, ouvi-los, orientá-los e guiá-los pelas encruzilhadas da vida com o nosso exemplo, o nosso conselho amigo, o nosso afeto; esquecem-se os pais, de quem nos lembramos, apenas, se deles precisamos para alguma coisa. Nem nos passa pela cabeça que possam sentir-se sozinhos e que, a nossa voz, mesmo que distante, apenas pelo telefone, poderá ser a chama que lhes acenda no olhar a luz da alegria e no coração o ânimo e a vontade de viver; esquecem-se os irmãos, os amigos…
Claro que com a actual falta de empregos são muitos os que vivem, hoje, nessa correria louca para angariarem o sustento básico para si e para os seus. Tendo de batalhar em várias frentes e fazer biscates aqui, ali e além, para conseguirem o mínimo necessário à sua sobrevivência e à da sua família: gente batalhadora, de alma forte, a quem as dificuldades não vencem. E sobra-lhes pouco tempo para conviver ou para dedicar ao lazer com os filhos, pais, familiares e amigos. E isso dói-lhes na alma e fá-los sofrer. Mas, infelizmente, não podem alterar o ritmo das suas vidas sem que o colapso económico aconteça. Terão de continuar assim para poderem continuar a alimentar-se, a vestir-se, e a alimentar e vestir os filhos, e dar-lhes um teto sob o qual possam crescer.
E há, infelizmente, nos tempos atuais, os que têm até tempo demais, mas é um tempo já doente, de tão massacrado pelo tempo de espera por um emprego, que lhes dê sustento e dignidade.
Para os de fora temos de manter a imagem. Há sempre tempo, esquecendo que a afectividade, a amizade, a solidariedade entre as pessoas nas relações familiares e, também de amizade, são o que há de mais importante na vida do Ser Humano. São o que lhe dá o Ser.
E esquecem-se os filhos, que cobrimos muitas vezes de coisas supérfluas e alienatórias da formação de uma personalidade forte, livre, justa, coerente, na tentativa de os compensarmos pela falta de tempo que lhes disponibilizamos. Quando, o que mais desejariam e do que mais precisavam para a sua formação como pessoas, seria de alguns minutos do nosso precioso tempo para brincarmos e conversarmos com eles, ouvi-los, orientá-los e guiá-los pelas encruzilhadas da vida com o nosso exemplo, o nosso conselho amigo, o nosso afeto; esquecem-se os pais, de quem nos lembramos, apenas, se deles precisamos para alguma coisa. Nem nos passa pela cabeça que possam sentir-se sozinhos e que, a nossa voz, mesmo que distante, apenas pelo telefone, poderá ser a chama que lhes acenda no olhar a luz da alegria e no coração o ânimo e a vontade de viver; esquecem-se os irmãos, os amigos…
Claro que com a actual falta de empregos são muitos os que vivem, hoje, nessa correria louca para angariarem o sustento básico para si e para os seus. Tendo de batalhar em várias frentes e fazer biscates aqui, ali e além, para conseguirem o mínimo necessário à sua sobrevivência e à da sua família: gente batalhadora, de alma forte, a quem as dificuldades não vencem. E sobra-lhes pouco tempo para conviver ou para dedicar ao lazer com os filhos, pais, familiares e amigos. E isso dói-lhes na alma e fá-los sofrer. Mas, infelizmente, não podem alterar o ritmo das suas vidas sem que o colapso económico aconteça. Terão de continuar assim para poderem continuar a alimentar-se, a vestir-se, e a alimentar e vestir os filhos, e dar-lhes um teto sob o qual possam crescer.
E há, infelizmente, nos tempos atuais, os que têm até tempo demais, mas é um tempo já doente, de tão massacrado pelo tempo de espera por um emprego, que lhes dê sustento e dignidade.
É um
tempo que não traz nem gera benefícios para ninguém: fruto do desemprego
prolongado, alimentado com deceção sobre deceção, foi tomado pela depressão e,
em muitas situações, pelo vício e até pelo crime.
Uns têm
demais e muitos outros não têm nada.
Em linhas
gerais e simplificadas, julgo ser este um retrato muito aproximado da vida
atual.
Jeracina Gonçalves
22/06/2014
PS
- Dei agora com este texto iniciado numa das pastas
do meu computador. Não sei desde quando está
começado. Resolvi acabá-lo e publicá-lo; não me parece
fora do tempo, infelizmente. JG
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