Pela encosta alcantilada
da montanha despida
o caminho segue íngreme
agreste
sem troço suave
recanto
recanto
árvore de sombra,
pedra de assento
oásis...
Neste deserto ressequido
não há recanto onde possa repousar
lavar meus pés doridos
as forças recuperar
pedra de assento
oásis...
Neste deserto ressequido
não há recanto onde possa repousar
lavar meus pés doridos
as forças recuperar
para prosseguir a jornada.
Meu corpo pede repouso.
Minha alma pede sustento.
Neste corpo a corpo com o tempo
o tempo não me dá guarida
por onde levá-lo de vencida.
Estou prestes a depor armas.
Começo a sentir-me rendida.
Meu corpo pede repouso.
Minha alma pede sustento.
E meu tempo pede ao tempo
tempo para descansar
tempo, que me dê tempo,
pra minha alma alimentar.
.pra minha alma alimentar.
Jeracina Gonçalves
27/05/2014
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