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quinta-feira, janeiro 01, 2015

ANO VELHO/ANO NOVO

O Velho fechou a porta.
Roto
esfarrapado
parte triste
envergonhado do que viu em seu tempo acontecer:
tanta fome
tantas guerras
malquerenças
tanta incúria e maldades praticadas.

Tanta incúria e maldades praticadas
sobre gentes desditosas
sofredoras...
Tantas alegrias e esperanças traídas
vítimas da ganância dos poderosos do mundo;
tantas mães de olhar atormentado
desesperado
sem migalha para aos filhos acudir;
tantos pais de olhar arrebatado
em seus braços corpos ensanguentados 
de seus filhos de olhos para sempre fechados…
Perversidades...
Ignomínias de gentes mal formadas
egocêntricas
egoístas
desprezíveis!
Torpezas dos donos das nações
pútridos
infetos!
Atiram seus congéneres aos leões
alheios a quaisquer razões
que não sejam os infetos tostões.

Parte o Velho todo roto,
esfarrapado.
Parte triste, desgostoso…
Envergonhado da maldade,
da peçonha que devasta o Universo.
Secas
na pele do rosto
e para sempre marcadas
remanescentes das lágrimas em seu tempo choradas.
Marcas das desditas
da fome
das guerras
das atrocidades em seu seio praticadas.
Na sacola
em seu ombro pendurada
carrega as alegrias e as esperanças derrubadas.

Chega o Novo
todo de verde vestido
no coração traz os sonhos
os anseios
as esperanças renovadas.

FELIZ ANO NOVO!

Jeracina Gonçalves

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