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sábado, janeiro 31, 2015

MÃOS VAZIAS


Já caíram as flores da amendoeira sobre a relva do prado
O rio corre mais lento entre os contrafortes  da loucura
Espraia-se, solitário, na planura árida por onde corre a névoa
Que  desce por entre os meus olhos e se me afoga na garganta.
Lá longe fica o mar: o mar enorme, o mar azul, o mar profundo.
O mar iluminado por um sol esplendoroso, a resplandecer
De entre as muralhas de um tempo, que se foi como areia seca
A esgueirar-se por entre os dedos. Restam as mãos vazias.

Jeracina Gonçalves

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