Sou a terra negra e fértil que acolhe a semente da vida.
Do Amor, eu sou o Templo!
Sou o ninho onde a semente germina.
Em meu ventre um ser se forma. Cresce.
Em meu ventre um ser se forma. Cresce.
Meu ventre guarda-o, suporta-o, transporta-o
Em meu ventre aguarda o tempo de surgir
À vida se mostrar, abrir os olhos, sorrir.
À vida se mostrar, abrir os olhos, sorrir.
Sou a Mãe, porque, na vida, sou Mulher!
Sou Mulher e sou amante
Sou irmã e sou amiga
Sou companheira, inimiga
Sou santa e sou galdéria
Sou a luz e a escuridão
Sou a noite e sou o dia
Sou tristeza e alegria
Sou aço, ouro, lama
Sou o gelo e sou a chama
Sou vulcão em actividade de lava fervente.
Sou também água fresca de fluir permanente.
Minha alma é doce e forte:
Gatinha a ronronar entre os braços do amor
Gatinha a ronronar entre os braços do amor
Nesta duplicidade latente
Da vida, sou o humano suporte
Porque, na vida, eu sou Mulher!
Barcelos, 08/03/2015
Jeracina Gonçalves
Sem comentários:
Enviar um comentário