O
meu olhar deita-se sobre a imensidade verde
Dispersa-se
por entre os canteiros de rosas vermelhas
Procura-te
no fundo do lago dos nenúfares
Procura-te
por entre os canteiros do jardim…
O meu procurar é inútil. Já
não estás em mim.
Já
não sinto o teu apelo a chamar-me para ti.
Já
não és parte das flores impressas em meu coração.
És
borboleta errante, de flor em flor, de botão em botão.
Fomos
tanta coisa um para o outro
Sem
nada sermos
Fomos
tanta coisa um para o outro
E não
fomos coisa nenhuma
Procuro-te
por entre os canteiros do jardim…
É um procurar inútil. Já
não estás em mim.
Já
não fazes parte das flores impressas em meu coração
És
borboleta errante, de flor em flor, de botão em botão.
A força
que me chamava para ti esfumou-se
por entre a neblina de nós
Em
solfejos de quimera aceso
em faúlhas de ilusão.
Fomos
tanta coisa um para o outro
Sem
nada sermos
Fomos
tanta coisa um para o outro
E
não fomos coisa alguma.
Mas
retenho em mim a tua imagem presa entre os meus braços
Quero
guardar o sonho:
No
meu peito fez bater o meu coração
Em
solfejos de quimera aceso
em faúlhas de ilusão.
Quero
guardar a força desse abraço:
Em
minhas veias fez circular torrentes de sonho e de paixão
Em
solfejos de quimera acesos
em faúlhas de ilusão.
Fomos
tanta coisa um para o outro
Sem
nada sermos.
Fomos
tanta coisa um para o outro
E não
fomos coisa alguma.
Já
não sinto o teu apelo a chamar-me para ti.
Já
não és parte das flores impressas em meu coração.
És
borboleta errante, de flor em flor, de botão em botão.
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Jeracina Gonçalves
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