Pesquisar neste blogue

segunda-feira, janeiro 14, 2019

FAÚLHAS DE ILUSÃO


O meu olhar deita-se sobre a imensidade verde
Dispersa-se por entre os canteiros de rosas vermelhas
Procura-te no fundo do lago dos nenúfares
Procura-te por entre os canteiros do jardim…
O meu procurar é inútil. Já não estás em mim.
Já não sinto o teu apelo a chamar-me para ti.
Já não és parte das flores impressas em meu coração.
És borboleta errante, de flor em flor, de botão em botão.

Fomos tanta coisa um para o outro
Sem nada sermos
Fomos tanta coisa um para o outro
E não fomos coisa nenhuma
Procuro-te por entre os canteiros do jardim…
É um procurar inútil. Já não estás em mim.
Já não fazes parte das flores impressas em meu coração
És borboleta errante, de flor em flor, de botão em botão.
A força que me chamava para ti esfumou-se por entre a neblina de nós
Em solfejos de quimera aceso em faúlhas de ilusão.

Fomos tanta coisa um para o outro
Sem nada sermos
Fomos tanta coisa um para o outro
E não fomos coisa alguma.
Mas retenho em mim a tua imagem presa entre os meus braços
Quero guardar o sonho:
No meu peito fez bater o meu coração
Em solfejos de quimera aceso em faúlhas de ilusão.
Quero guardar a força desse abraço:
Em minhas veias fez circular torrentes de sonho e de paixão
Em solfejos de quimera acesos em faúlhas de ilusão.

Fomos tanta coisa um para o outro
Sem nada sermos.
Fomos tanta coisa um para o outro
E não fomos coisa alguma.
Já não sinto o teu apelo a chamar-me para ti.
Já não és parte das flores impressas em meu coração.
És borboleta errante, de flor em flor, de botão em botão.
.
Jeracina Gonçalves

Sem comentários: