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sábado, agosto 14, 2021

O SUPORTE E A VIDA DA MINHA VIDA


Nas flores da beira-rio, recuo ao tempo em que, no rio,
voava com as borboletas, de corola em corola a poisar,
nesse tempo belo e mágico (esse meu tempo de criança)
em que o rio da “Levandeira” foi o parque da minha infância.

Nas flores da beira-rio, do rio da “Levandeira”,
não só aprendi a voar, como também aprendi a amar
as libelinhas e as borboletas, que nas flores vinham poisar,
e toda a natureza bela, sedutora, exposta ao meu olhar.

Nesse tempo belo e mágico, quando aprendi a voar,
aprendi que a natureza é o sustentáculo e a vida,
do pedacinho de vida, que na natureza sou;
todo o cuidado que lhe der é cuidado que me dou.

Sou apenas uma peça, tão ínfima, tão pequenina,
noutras peças entrelaçada desta natureza tão bela.
Todas interligadas para que o todo funcione
sem incidentes incuráveis de que nada sobreviva.

Nas flores da beira-rio, eu aprendia a amar e a voar
com as libelinhas e as borboletas que nelas vinham pousar;
como também prendi que a natureza é o suporte e a vida,
do pedacinho de vida, que, na natureza, sou.
Todo o cuidado que lhe der é cuidado que me dou!


                                                                                    Jeracina Gonçalves
                                                                                    Barcelos/Portugal, 14/08/2021
* Foto da Internet

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