Pesquisar neste blogue

quinta-feira, junho 09, 2022

 ERVAS DANINHAS

Entre códigos e algoritmos espreitam olhares invisíveis.
Felinos, secretos, esperam a presa.
Como o animal bravio à espera da presa para se alimentar,
Esperam o momento para o seu laço lançarem.
Entram, esmiúçam baús, cofres secretos
Mexem, remexem…
Conspurcam o teu relicário, o baú dos teus segredos
e dos teus afetos, 
Onde a tua alma guardavas.
Apoderam-se da tua alma e dela fazem festim.
Seus olhos vampirescos do teu sangue se alimentam.

Felinos, secretos, espreitam invisíveis olhares.
Como toupeiras, cavam galerias subterrâneas.
Esquadrinham o espaço.
Felinos, secretos, esperam o momento de laçarem suas presas.
Mexem, remexem, escarafuncham seus espaços,
Roubam, traficam, chantageiam…
Lançam a anarquia o desconcerto, a desordem, a confusão
Onde tudo estava certo, decorria sereno, ordenado, seguro
Surge o caos, o desconcerto, a desorientação.
São escória deste tempo.
São as ervas daninhas deste prado cibernético.


Jeracina Gonçalves
Barcelos/Portugal, 05/06/2022

Sem comentários: