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sábado, outubro 07, 2023

 SEM PEJO NEM COMPAIXÃO

 

Que pensar deste sibilo, deste grito
Deste vento furacão
Que sopra em qualquer direção
Neste mundo que habito?

Que pensar deste sibilo, deste grito
Desta força predadora
Que espalha destroços e morte
Sangue a correr pelo chão?

Seja qual for a direção
Em que volte o meu olhar
Vejo armas, vejo morte,
Sangue a correr pelo chão;

Vejo um predador gavião
Que esventra o solo amado
De um povo soberano
Que anseia ver dominado;

Vejo armas que vomitam morte
E derramam pelo chão
Sangue puro, sangue inocente
Do futuro em formação;

Vejo torrentes de morte
Da natureza, em convulsão,
Levando consigo a vida
Em pedaços de total destruição.

Que pensar deste sibilo, deste grito
Deste vento furacão
Que sopra em qualquer direção
Neste mundo que habito?

Que pensar deste sibilo, deste grito
Desta força predadora que espalha dor
Destroços, sofrimento e morte
Sem pejo nem compaixão?

Cresce um rio fluente de dor e de indignação
Do âmago do meu coração.
Tanto sofrimento, Senhor! Tanta destruição!
Porquê tanta gente a morrer?

Como Podes, Senhor, ao invasor dar poder?
Porquê dar poder ao ladrão,
Que destrói o seu vizinho
Sem pejo nem compaixão?!

Senhor,
Não me deixes acreditar no mal no mundo entronado.
O mal, tem de ser destroçado!

                                                        Jeracina Gonçalves
                                                        Barcelos/Portugal, 31/05/2022

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