Esta expressão foi-me dada, há uns anos, como tema a desenvolver
para a Revista Barcellano, do Lions Clube de Barcelos, e desenvolvi-a em determinado
sentido. Hoje, em peregrinação pelas pastas do meu computador, encontrei-a.
Reli-a e apeteceu-me dar-lhe uma refrescadela, que, a estes anos de distância,
parece-me dar-lhe um sentido mais consentâneo.
São tantos os mundos dentro deste nosso Mundo, quantos os
corações dos seres humanos que o habitam.
Cada ser humano é um mundo de desejos, fantasias, sentimentos, emoções, verdades..., que choca, a cada momento, com os desejos, fantasias, emoções, sentimentos e verdades do outro, ali ao lado; e, quantas vezes, com as suas próprias verdades, fantasias e emoções, conforme o interesse e o estado de espírito do momento.
Se todos esses mundos, se todos esses corações batessem em sintonia e se aglutinassem num só, “Um Mundo, um Coração” ou no “Mundo/Coração”, imbuído de um sentimento de união e bem-estar geral, que a todos incluísse no mesmo abraço fraterno, seria maravilhoso. Mas, infelizmente, é apenas e só, uma expressão bonita; uma
expressão poética que está a muitos e muitos “Anos Luz” da realidade do mundo
que habitamos. E cada vez me parece menos aplicável neste nosso planeta, onde
domina o egocentrismo, “o salve-se quem puder", a força do poder e do
dinheiro sem olhar aos destroços que deixa atrás de si.
Cada ser humano é um mundo de desejos, fantasias, sentimentos, emoções, verdades..., que choca, a cada momento, com os desejos, fantasias, emoções, sentimentos e verdades do outro, ali ao lado; e, quantas vezes, com as suas próprias verdades, fantasias e emoções, conforme o interesse e o estado de espírito do momento.
Se todos esses mundos, se todos esses corações batessem em sintonia e se aglutinassem num só, “Um Mundo, um Coração” ou no “Mundo/Coração”, imbuído de um sentimento de união e bem-estar geral, que a todos incluísse no mesmo abraço fraterno, seria maravilhoso.
Apesar da globalização, que tudo aproxima, ou talvez por
ela (não sei), que nos torna insensíveis pelo hábito de vermos as
desgraças, existem ao lado da nossa realidade, do nosso pequeno mundo e para lá
dele, muitas outras realidades, muitos outros pequenos mundos, que
desconhecemos e nem imaginamos possível existirem, nem queremos conhecer. E o
jogo de interesses entre estes nossos mundos individuais e coletivos, entre
estas diferentes realidades é desmesurado e desencadeia uma guerra sempre e
sempre mais sangrenta: destrói-se, aniquila-se tudo e todo aquele que nos faça
frente, que se oponha ao nosso interesse, à nossa verdade, ao nosso poder.
Seja
qual for a direção em que olhemos, quer olhemos com os olhos da razão, quer
olhemos com os olhos do coração, vemos um planeta ameaçado por toda a espécie
de calamidades, prestes a desintegrar-se irremediavelmente: é a poluição, é a
violência de toda a espécie, é a doença, é a corrupção, é a
fome... e são as iniquidades de todo o tipo que se praticam sobre os mais frágeis
deste nosso mundo, especialmente sobre as mulheres, os pobres, os velhos, as
crianças, que deviam ser preservadas, cuidadas, amadas - ainda que não houvesse outra razão, só pelo facto de serem o
“mundo de amanhã”-, pois tudo o que
hoje receberem (de bom e de mau) irá ajudar a formar o seu carácter; irá ajudar
a “construir” os homens e as mulheres do futuro, ou seja, o mundo que
virá.
São enormes os fossos sociais, éticos e económicos, que
separam as pessoas, os países e os continentes neste nosso mundo: morrem
uns de fome, de sede, de frio, soterrados nos escombros das próprias casas,
enquanto outros esbanjam milhões em festas, carros, iates…, e toda a espécie de
luxos escandalosos; fabricam-se bombas para matar, em vez de se cultivar pão
para distribuir; constroem-se armas para dominar, gastando-se milhões e milhões
de euros, quando muitos milhões de seres humanos vivem miseravelmente, sem os
mais básicos direitos, sem as mais básicas condições inerentes à condição de
Humano.
É um mundo muito injusto, este, em que vivemos! É um mundo cada vez mais dividido, no qual, os mais fortes humilham permanentemente os mais fracos, gerando ódios e revoltas: violência atrás de violência.
Os corações que habitam este nosso mundo batem cada vez mais dessincronizados, cada vez mais fechados em si.
Fazer com que todos batam em uníssono, aniquilar a loucura do poder e harmonizar todos estes interesses submetendo-os ao interesse da Humanidade é tarefa gigantesca; tarefa para deuses poderosos. E parece-me que Deus tem todas as razões para estar completamente desiludido com o Ser Humano.
Jeracina GonçalvesÉ um mundo muito injusto, este, em que vivemos! É um mundo cada vez mais dividido, no qual, os mais fortes humilham permanentemente os mais fracos, gerando ódios e revoltas: violência atrás de violência.
Os corações que habitam este nosso mundo batem cada vez mais dessincronizados, cada vez mais fechados em si.
Fazer com que todos batam em uníssono, aniquilar a loucura do poder e harmonizar todos estes interesses submetendo-os ao interesse da Humanidade é tarefa gigantesca; tarefa para deuses poderosos. E parece-me que Deus tem todas as razões para estar completamente desiludido com o Ser Humano.
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