Abri a janela do meu quarto às sete da manhã e o sorriso do sol, que por entre as nuvens
escangalhadas me saudava do
horizonte, entrou-me no coração. Não resisti ao seu sorriso maroto. Correspondi ao seu desafio e corri a buscar o
telemóvel. Com alegria registei vários
momentos dessa imagem sedutora, que me entrou no coração ao amanhecer, logo que abri a
janela do meu quarto. Cada um mais belo que o outro: a cameleira, vestida com o seu vestido de cetim verde enfeitado com flores encarnadas a cumprimentar-me do canteiro junto ao muro, iluminada pelos raios do sol nascente; a tangerineira vaidosa no seu vestido verde, adornado
com belas pérolas douradas; o plátano solitário, bordando no horizonte iluminado a
filigrana dos seus ramos despidos; os cantores alados saudando o sorriso brincalhão do sol por entre as nuvens escangalhadas com os gorjeios melodiosos...
Nesta manhã de 27 de fevereiro, de 2019, entrou-me pela janela a primavera temporã. Encantou-me com o brilho dos seus encantos. Desejo, porém, que a sua precocidade não acarrete alguns desencantos futuros, que esmoreçam o brilho desta madrugada.
Nesta manhã de 27 de fevereiro, de 2019, entrou-me pela janela a primavera temporã. Encantou-me com o brilho dos seus encantos. Desejo, porém, que a sua precocidade não acarrete alguns desencantos futuros, que esmoreçam o brilho desta madrugada.
Jeracina Gonçalves
27/02/2019
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