A
poesia nasce do nada que acaricia o meu olhar
Encontra
eco na minha alma e põe a minha alma a cantar. A minha alma encontra eco, que aveluda o meu olhar,
nos bandos alados que passam,
desenham as asas abertas no etéreo azul irisado
sobre
o incendido mar, lentamente, a deslizar
no
corpo suave d'areia deitada na orla do mar;no despertar da manhã a piscar-me o olho ardente
por entre o recorte dos montes
quando abro a janela, de manhã, ao acordar;
no brilho diamantino dos seixos lisos, redondos,
que cobrem o leito das fontes
sob o olhar resplandecente, benfazejo, criador
que ilumina toda a terra;
nos tapetes coloridos que ornamentam os montes
no som cantante das fontes
no concerto vespertino dos alados cantores
no riso límpido da criança a brincar, alegremente,
no parque, na praia, no mar…
A
Minha alma encontra o eco que aveluda o meu olhar
Nas
coisas simples da vida, que acordam o meu coraçãoSoltam riso do meu olhar, e põem minha alma a cantar.
Jeracina Gonçalves
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