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quinta-feira, agosto 24, 2017

CARÍCIA PARA O MEU OLHAR


A poesia nasce do nada que acaricia o meu olhar
Encontra eco na minha alma e põe a minha alma a cantar.
A minha alma encontra eco, que aveluda o meu olhar,
nos bandos alados que passam,
desenham as asas abertas no etéreo azul irisado
sobre o incendido mar, lentamente, a deslizar
no corpo suave d'areia deitada na orla do mar;
no despertar da manhã a piscar-me o olho ardente
por entre o recorte dos montes
quando abro a janela, de manhã, ao acordar;
no brilho diamantino dos seixos lisos, redondos,
que cobrem o leito das fontes
sob o olhar resplandecente, benfazejo, criador 
que ilumina toda a terra;

nos tapetes coloridos que ornamentam os montes
no som cantante das fontes
no concerto vespertino dos alados cantores
no riso límpido da criança  a brincar,  alegremente,
no parque, na praia, no mar…

A Minha alma encontra o eco que aveluda o meu olhar
Nas coisas simples da vida, que acordam o meu coração
Soltam riso do meu olhar, e põem minha alma a cantar.

Jeracina Gonçalves

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