A toupeira, subterrânea,
insidiosa e perversa
vai minando galerias
no escuro. Silenciosa,
vai aluindo o terreno
onde cresce, sem cuidado,
a indefesa plantinha;
Serena, sem logros temer,
(em si de logros não cuida!...)
a plantinha, incansável,
estende seus braços para o Sol
é nele que busca a vida
vida para outras vidas
sem cuidar que da terra-mãe
possam surgir-lhe feridas;
A toupeira continua
sua faina traiçoeira:
a plantinha estremece;
profunda dor lhe corta a alma!...
sente-se a esvair, desfalece...
Na plantinha está a vida!
A toupeira, traiçoeira,
carrega a morte escondida.
Jeracina Gonçalves
Sem comentários:
Enviar um comentário