Sentados comodamente na nossa cadeira ocidental, onde se reclama por tudo e por nada, ficamos cegos para o resto do mundo, no qual, em muitos lugares, faltam as coisas mais básicas à sobrevivência da vida. Coisas, como a água, que é a própria vida.
É possível viver alguns dias sem comer, mas muito poucos sem beber.
Acabo de ouvir, na TSF, a crónica de Fernando Alves, que trouxe ao meu espírito e me fez doer o coração (mais uma vez), o problema que é a falta de água no mundo.
Temo-la a correr das nossas torneiras, quando precisamos dela para tomar banho, cozinhar, limpar as nossas casas, lavar as nossas roupas, regar as nossas plantas, dar de beber aos nossos animais, …, e passa-nos ao largo o quanto esse mineral, que usamos e abusamos, representa para alguns seres, humanos como nós, a viver em certos lugares deste planeta.
Os quilómetros e quilómetros que percorrem e as horas e horas que esperam para obterem alguns litros desse precioso mineral, indispensável á sua vida e à vida da sua família. E, pergunto-me, tantas vezes, por que é que a tecnologia transporta, há tanto tempo, o petróleo, o gás, …, por esse mundo, e não investiga o modo de fazer chegar a água dos locais aonde abunda aos locais onde faz falta? Gasta-se tanto dinheiro a destruir o mundo, quando o que faz falta é melhorá-lo; gasta-se tanto dinheiro a explorar o Espaço, quando na Terra há tanta coisa para fazer…
Nada entendo de economia, de tecnologia, de astronomia, de engenharia, de inteligência artificial, assim com nada entendo das prioridades de investigação do nosso mundo moderno, parece-me, no entanto, que a prioridade das prioridades, seria criar condições mínimas de vida a todos os povos da Terra. E que todos, sem exceção, em todas as longitudes e latitudes, tivessem um pedaço de pão e umas gotas de água potável no seu dia-a-dia.
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