OS NOSSOS TEMPOS
Após a infeção pelo Covid19, que aprisionou o mundo durante dois anos empurrando a economia, a educação, a saúde mental e todos os suportes naturais de uma vida saudável e feliz para baixo. Quando chegaram as vacinas chegou-nos a esperança de nos libertarmos finalmente desse pesadelo. Todavia, verificou-se, que devido às várias mutações do vírus, as vacinas apenas atenuavam a doença, evitando muitas mortes, mas não davam imunidade por muito tempo. Todavia, após a administração de três doses, não estava perfeito, mas já era muito bom: as mortes reduziram bastante e a doença grave também. Os casos começaram a diminuir, e o mundo começa a abrir-se, a economia a movimentar-se, a vida a animar-se. Dá-se, então, a invasão de um país europeu soberano, pelo seu colossal vizinho, governado por um louco saudosista, que, lá no íntimo, sonha repor o passado imperial, e deixa esta velha Europa e o mundo em sobressalto, pelo perigo que uma guerra a este nível, representa nos tempos atuais. E a maioria dos países do mundo são solidários com o país invadido. A velha Europa, unida, solidária, impõe sanções ao país invasor e procura ajudar, por todos os meios que não impliquem a entrada física de homens na guerra, o esforço da guerra. Para cúmulo, a pandemia, que se julgava controlada após a aplicação de três doses da vacina, retoma a sua força contaminadora e, rapidamente, se replicam os contágios. Ora, todos estes ingredientes (a infeção pelo Covid, a guerra, a nova onda do Covid) e agora também a meningite dos macacos, a nova hepatite das crianças, formam uma mistura explosiva para a economia e bem-estar mundiais. E a estes ingredientes perversos juntam-se as alterações climáticas, que à morte acrescentam mais morte, à fome mais fome, à destruição mais destruição.
O nosso país, felizmente, tem paz, não tem sido muito maltratado por fenómenos climáticos extremos e, todos sabemos, que é nosso dever sermos solidários com os que sofrem a guerra, a fome, a miséria, o terror de não saberem se, enquanto dormem, não surgirá um míssil que destrua tudo o que construíram durante uma vida, a própria vida, as dos filhos e as dos netos e amigos. As sanções impostas ao país invasor recaem também sobre nós e todos sentimos a carestia dos produtos básicos; mas não é com greves que poderemos fazer face a esse fenómeno. As greves paralisam a economia e causam prejuízos aos que têm menos capacidade para os suportarem. Só o trabalho, a disciplina, a união entre todos poderá evitar o descalabro de cavar cada vez fossos mais profundos entre ricos e esfomeados.
Já eram suficientes para aprofundar os desequilíbrios mundiais todas as perversões de uma natureza zangada pelo tratamento que lhe é dado ao longo dos anos, e deviam unir todo o ser humano na firme determinação do seu combate vencedor, dedicando toda a sua inteligência e criatividade no sentido de corrigir os erros praticados anos e anos, contra a sua casa global; mas apareceu um louco ou um bando de loucos, imbuídos de um sentimento megalómano e imperialista que, seguros da fragilidade da economia mundial deixada por dois anos de pandemia, decidiram aproveitar o momento para invadir o seu vizinho com direito à sua soberania e à escolha dos seus amigos e do seu regime político, destruindo as suas escolas, os seus infantários, as suas creches, os seus bairros habitacionais, os seus hospitais, as suas igrejas, as suas gentes e as suas infraestruturas, com os seus mísseis e armas de destruição. E o mundo não pode ficar indiferente; e a Europa não pode ficar indiferente à guerra no seu espaço geográfico, quer pelo país invadido que integra o seu espaço, quer por todos os países que a constituem. Unamo-nos nesse esforço comum de construção e amor contra a destruição e o terror da guerra, da fome, da poluição e morte do nosso planeta e da espécie humana. Digamos sim à solidariedade, à união, à disciplina individual e coletiva e ao trabalho para o bem e crescimento de todos.
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