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quinta-feira, janeiro 28, 2021

A LEI DA EUTANÁSIA

Num tempo em que a morte acompanha o nosso quotidiano de um modo assustador, votar no nosso Parlamento uma lei a favor da morte é, no mínimo, de muito mau gosto e de muita insensibilidade. A morte é certa; não falha. Deixem que venha quando tiver que vir. O que é preciso é dar vida à vida. O que é preciso é criar condições para que os doentes possam ter a melhor qualidade de vida possível até ao fim da sua vida. E não terem dores é uma dessas condições (a dor cria o desespero e o desejo da morte) e um sítio onde possam acabar os seus acompanhados e cercados de carinho, é outra.
É claro que, para a economia, é muito mais vantajosa a eutanásia. Fica muito mais barata. Mas dói, é duro acreditar que a economia se sobrepõe à Vida.
E se estivermos bem atentos aos tempos que correm, verificamos que a Natureza, através do COVID 19, está a limpar a Humanidade dos velhos e dos doentes. Mas leva também a economia. Para que faz falta a eutanásia, se a Humanidade que ficará depois disto, será jovem, pobre, e aparentemente saudável, porque, entretanto, irão morrendo os que, não tendo morrido, mas que o COVID agarrou com força e nos quais deixou sequelas graves?
Não, não faz falta a lei da eutanásia, para o nosso Parlamento passar tempo com ela. Há tantas outras coisas que fazem falta, atualmente, neste País, que é o meu e que eu amo.
Jeracina Gonçalves
28/01/2021 – Barcelos/Portugal

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