A noite chega,
longa, solitária, e quer envolver a minha alma.
A minha alma luta.
A minha alma luta contra o véu negro
a querer enredá-la na teia de lianas demoníacas
das lianas emaranhadas, negras, que o tecem.
A minha alma luta!
A minha alma luta!
Luta! Luta! Luta!
Porém…
A minha alma vai perdendo energia pelas feridas abertas nesta luta desigual
nesta luta contra as lianas negras, emaranhadas
contra as lianas do mal.
Nesta luta desigual
a minha alma, solitária, não se deixa acobardar.
E luta! E luta! E luta! E luta ainda
luta contra as forças do mal.
Todavia…
As lianas malignas, negras, emaranhadas apertam o cerco.
Apertam, apertam, apertam…
E apertam mais.
Apertam ainda mais o cerco à volta da minha alma.
E a minha alma luta!
E a minha alma luta!
E a minha alma luta!
E o cerco aperta mais e mais e mais.
E a minha alma luta, e luta e luta ainda.
Mas a luta é desigual.
As lianas negras, malignas, emaranhadas,
apertam, apertam, apertam…
Fecham o cerco.
Mas nem assim a minha alma deixa de lutar.
Nem assim a minha alma se deixa acobardar.
Luta quase desfalecida
mas luta. E luta e luta ainda.
No cerco uma pequena brecha deixa vislumbrar um retalho de azul.
Será?! Será a liberdade a chegar?!
A minha alma solta um grito de esperança.
Triste ilusão…
Tudo não passa de uma manobra:
Um Cavalo de Tróia para maior invasão.
Mas a minha alma luta e luta e luta
e sempre lutará.
Para lá da minha janela brilha o sol intensamente.
Todavia, a sua energia, o seu calor, não atingem agora a minha alma
(flor murcha de onde a seiva se esvai pelas feridas abertas nesta luta desigual)
Nesta luta contra as forças do mal.
Nesta luta contra as forças do mal.
Com elas tem lutado destemidamente.
Com elas tem lutado E…NER…GI…CA…MEN…TE.
Com as armas que tem
Com as armas de um coração
que ama as forças do bem.
Um coração que não se rende às investidas das lianas malignas.
Hoje, porém, cansada de há tanto lutar,
a minha alma está prestes a soçobrar.
Não!
Não vai acontecer tal!
É apenas uma queda de tensão arterial.
É apenas o cansaço desta luta desigual.
A minha alma recobrará.
Recuperará intactas a sua força, a sua energia.
Nunca o poder do mal há de vencer a minha alma.
A minha alma é forte.
A minha alma nunca se deixará derrubar pelas forças do mal.
Enquanto lhe restar um pingo de vida continuará a lutar.
Com elas tem lutado E…NER…GI…CA…MEN…TE.
Com as armas que tem
Com as armas de um coração
que ama as forças do bem.
Um coração que não se rende às investidas das lianas malignas.
Hoje, porém, cansada de há tanto lutar,
a minha alma está prestes a soçobrar.
Não!
Não vai acontecer tal!
É apenas uma queda de tensão arterial.
É apenas o cansaço desta luta desigual.
A minha alma recobrará.
Recuperará intactas a sua força, a sua energia.
Nunca o poder do mal há de vencer a minha alma.
A minha alma é forte.
A minha alma nunca se deixará derrubar pelas forças do mal.
Enquanto lhe restar um pingo de vida continuará a lutar.
Jeracina Gonçalves
Barcelos/Portugal, 07/07/2020
* Imagem da Internet
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